O presidente do PSD, Rui Rio, quer saber se António Costa sabia ou não das conclusões do Serviço de Informações e Segurança (SIS) quanto a Igor Khashin, o russo responsável pela recolha de dados a refugiados ucranianos em Setúbal, antes de a polémica estalar. E, se sabia, por que razão não informou ninguém.

Tudo leva a crer que o primeiro-ministro não valorizou as informações que lhe foram dadas”, atirou Rio, numa conferência de imprensa sobre o caso do acolhimento de refugiados em Setúbal. Se Costa não sabia do relatório do SIS, que estava há alguns anos a monitorizar o cidadão russo, então o ainda líder social-democrata defende que os responsáveis do SIS deviam ter sido demitidos por não terem informado o primeiro-ministro.

“O primeiro-ministro sabia ou não sabia? Se não sabia e não disse à ministra da Presidência, não disse a ninguém porque não sabia, deviam ter sido demitidos os responsáveis dos serviços de informação que não cumpriram algo de gravíssimo. Até porque não foi desmentido que esses serviços não estavam a seguir a associação. Se estavam a seguir porque não informaram? Não acredito, acho que informaram”, conclui.

Rio entende também que o Presidente da Câmara de Setúbal deve “tirar as consequências políticas” de “nada ter feito e ter propositadamente fechado os olhos ao que estava a acontecer”. “Se assim é, não tem condições”, defendeu, considerando que o PCP, que apoiou André Martins (CDU) publicamente, “será politicamente co-responsável por aquilo que ele fizer”.

O social-democrata acredita que as perguntas ficarão mais esclarecidas na audição ao conselho de fiscalização do SIS. E diz ainda que os vereadores do PSD em Setúbal terão autonomia para agirem como entenderem em relação ao caso.

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