A União Europeia quer que os países acelerem a transição energética de forma a garantir um reforço da independência energética “até ao inverno”, para que países como a Alemanha, Chéquia ou Polónia não sejam confrontados com problemas energéticos nos meses mais frios, já que são dos mais dependentes da energia russa. Além disso, a UE quer reforçar a compra conjunta de energia.

António Costa falava aos jornalistas em Bruxelas, no final do Conselho Europeu, e diz ser “muito difícil antecipar no horizonte até que ponto a guerra vai continuar a impactar a subida da inflação”. “Portugal tem tido taxa de inflação alta, mas comparativamente à da zona euro, é a sexta mais baixa. Isso deve-se à incorporação de renováveis no nosso mix energético”, justificou António Costa notando que há países na UE com “inflação de 20%”.

“Aquilo que é a orientação [da UE] é acelerar a transição para novas formas de produção de energia, reforçar mecanismos de compra conjunta e interconexões e de todos colaborarmos na operação logística para que os mais dependente possam ter soluções.É fundamental chegarmos ao outono noutra situação porque o consumo vai aumentar e os países mais frios são também os mais dependentes”, notou o primeiro-ministro garantindo que no caso português está previsto “um reforço até ao inverno” da incorporação do consumo de renováveis.

Segundo Costa, os líderes europeus saem também de Bruxelas com a garantia que poderá haver “alguma flexibilidade nos meses de execução sem prejuízo da execução do Plano de Recuperação e Resiliência”  ara reprogramar investimentos para não contratar quando os preços estão muito elevados, levando a prejuízos económicos.

Em Bruxelas ficou também, segundo o chefe do Executivo português, a “tranquilidade” em relação à “estabilidade dos mercados financeiros”.

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