A maioria dos cidadãos de 28 países do mundo (54%) aceita receber mais refugiados ucranianos, mas não estão assim tão abertos a receber refugiados de outras nacionalidades, segundo um relatório da Ipsos, uma empresa de estudos de mercado internacional. Apenas os cidadãos da Arábia Saudita e da Malásia aceitariam mais refugiados sírios do que ucranianos.
Comparativamente, apenas 32% dos cidadãos aceitaria receber mais refugiados sírios no seu país, 30% receberia refugiados venezuelanos e 30% aceitaria afegãos.
Entre os cidadãos entrevistados, 15% rejeita aceitar mais refugiados ucranianos, mas o cenário é pior para outros refugiados: 32% rejeitam refugiados do Afeganistão, 30% da Síria e 30% do Sudão do Sul.
Entre os 28 países estudados, são os suecos que apresentam maior abertura para receber refugiados da Ucrânia (73%), seguidos dos brasileiros (69%) e norte-americanos (67%). Noutros países, como Hungria (43%), Turquia (31%) ou China (26%), menos de metade dos entrevistados aceitam receber mais refugiados ucranianos.
Curioso nestes resultados é que os holandeses (35%) e os suecos (33%) são os que mais acreditam que se devem aceitar refugiados consoante a região onde se encontram; e os japoneses (19%) e sul-coreanos (18%) são os que mais acreditam que os países não têm de aceitar refugiados — ainda que muitos mais, 45% e 37% respetivamente, acreditem que os refugiados devam ser acolhidos em todos os países.
A Turquia, o país que acolheu mais deslocados em todo o mundo, é dos que tem menos cidadãos a aceitar refugiados ucranianos ou que qualquer outra nacionalidade.
Para este estudo foram entrevistados mais de 20 mil adultos em 28 países dos vários continentes. Portugal não fez parte deste levantamento.