Quase um mês depois, nem um sinal de mudança. A nova era com Erik ten Hag no comando do Manchester United teve início oficial a 28 de junho, no centro de treinos de Carrington, e teve um reforço a nível de jogadores na semana seguinte, a 4 de julho, com o regresso de todos os internacionais que tinham acabado a temporada um pouco mais tarde. Todos menos um, Cristiano Ronaldo. O clube esperava pelo português uns dias depois, o avançado não apareceu. O clube ansiava que pudesse fazer parte da digressão feita entre Austrália e Tailândia, o avançado não compareceu. O clube aguardava por uma integração ainda antes do final desse périplo por Ásia e Austrália, o avançado não viajou. E assim continua até agora.

“Trabalho feito”, escreve Ronaldo longe de Manchester. “Sei que há uma opção para ampliar contrato”, diz United

“A situação do Ronaldo é clara: ele não está à venda. Eu quero trabalhar com ele, sobre o resto não posso dizer mais nada porque a situação é a mesma de há uma semana. Ele está a treinar e todos sabemos que ele é um enorme profissional. Vai estar em forma. Essa é a última preocupação que tenho. Eu quero a equipa a jogar de uma certa forma e o Ronaldo, como jogador de topo que é, pode participar. São os jogadores que dizem como jogas, especialmente aqueles que marcam golos, porque são extremamente importantes para a equipa e tens de construir à volta deles”, referiu Ten Hag em entrevista ao The Athletic.

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“Não tenho novidades, é o mesmo que na semana passada. Porém preocupado não será talvez a palavra certa. Estou concentrado nos jogadores que tenho e estão a sair-se muito bem. Estão em boa forma, quero focar-me e desenvolver isso. Não posso esperar que volte… Depois poderemos integrá-lo”, argumentou em Perth, na Austrália, na última alusão pública feita sobre o capitão da Seleção Nacional.

Para o novo responsável técnico dos red devils, a situação continua como estava, sem desenvolvimentos a registar: o jogador falou com os dirigentes do clube, explicou os problemas pessoais que estava nesta fase a atravessar, a situação está a ser acompanhada, quando tudo estiver resolvido pode regressar. No entanto, são cada vez mais as dúvidas em relação a um regresso ao Manchester United e, após ter sido apontado a vários clubes como Chelsea, Bayern, PSG ou Barcelona, o Atl. Madrid surge como possibilidade real.

De acordo com o The Times, os colchoneros, que até mesmo com a saída de Luis Suárez continuam com cinco avançados no plantel, colocaram Antoine Griezmann no mercado. Por um lado, é o jogador com o salário mais elevado do plantel; por outro, abriria a vaga necessária para Ronaldo poder entrar no plantel sem criar desequilíbrios a nível de posições. Contudo, e na primeira tentativa de colocar o avançado francês, o PSG terá recusado a possibilidade, não havendo ainda fumo branco sobre outro potencial destino para o campeão mundial de seleções. Da parte do português, e apesar da animosidade que encontrou em todos os encontros com o rival do Real Madrid, a hipótese de voltar a Espanha e poder cumprir a 20.ª época consecutiva a jogar a Liga dos Campeões é um cenário que admite nesta fase da carreira.

A publicação acrescenta ainda mais um dado importante em relação à posição do clube no que toca a uma saída este verão: Richard Arnold, novo chefe executivo do futebol do Manchester United, fez sempre ver aos representantes do jogador que contam com ele para a nova temporada mas permitiram que falassem com o Chelsea numa primeira fase da reabertura do mercado. Todd Boehly, novo proprietário dos blues, assumiu a possibilidade como algo que lhe agradava mas o treinador Thomas Tuchel fez ver que, além de Sterling, a grande prioridade a todos os níveis deveria ser o reforço da defesa e não o ataque. Foi nessa altura da recusa que Ronaldo recebeu uma oferta milionária para a Arábia Saudita, recusada. Em relação à possibilidade Sporting, que foi também falada, a hipótese mantém-se mas quando estiver a cumprir a última fase da carreira, algo que não parece ser ainda o cenário para o capitão da Seleção.

Este domingo, o Mirror avança com uma espécie de primeira cedência do Manchester United face ao que pode ser o futuro de Ronaldo: o clube inglês admite o cenário de empréstimo por uma temporada em 2022/23, por forma a voltar a jogar na Liga dos Campeões, mas quer para isso que a cláusula de opção que existe no contrato seja já ativada, garantindo que o avançado estaria de regresso na época 2023/24.