O PS da Madeira afirmou esta sexta-feira estar preocupado com a taxa de desemprego de 7,3% registada na região, no segundo trimestre, defendendo que o Governo Regional (PSD/CDS-PP) deve adotar políticas que melhorem os indicadores de emprego e gerem mais oportunidades.

Esta taxa de desemprego é algo que deve preocupar o Governo Regional, que nos preocupa, naturalmente, e que obriga a que exista uma mudança de políticas que permitam melhorar os indicadores do emprego e gerar oportunidades na região”, afirmou o presidente do PS insular e deputado na Assembleia Legislativa da Madeira, Sérgio Gonçalves.

Numa iniciativa política no Instituto de Emprego da Madeira, o socialista defendeu que é necessário adotar novas políticas em relação aos estágios profissionais e curriculares, bem como apoiar as empresas para que possam “absorver os jovens que saem das universidades e do ensino técnico-profissional e que precisam de uma primeira oportunidade de emprego”.

Retendo esse talento na região, as empresas poderão desenvolver-se, poderão crescer, aumentamos a massa crítica, invertemos a quebra populacional a que temos assistido ao longo dos últimos anos e tudo isto criará um ciclo virtuoso de crescimento e de novas oportunidades para os jovens da Região”, salientou o deputado do maior partido da oposição no parlamento madeirense.

Sérgio Gonçalves referiu que na Madeira há 9.000 jovens, entre os 16 e os 34 anos, que não estudam nem trabalham, acrescentando que “27% dos desempregados correspondem” a esta faixa etária e “cerca de 17.000 pessoas deixaram a sua terra na última década por falta de oportunidades”.

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A taxa de desemprego na Madeira fixou-se em 7,3% no segundo trimestre deste ano, menos 0,2 pontos percentuais (p.p) em relação ao anterior e menos 1,1 p.p face ao mesmo período do ano passado, revelou a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), na quarta-feira.

Segundo a DREM, “a estimativa da população desempregada, apurada em 9.600 pessoas, diminuiu 10,1% face ao trimestre homólogo (1,1 mil pessoas) e 2,1% comparativamente ao trimestre anterior (cerca de 200 pessoas)”.

Por outro lado, a população empregada fixou-se em 122.500 pessoas, aumentando 5,0% em termos homólogos e 1,2% em relação ao trimestre precedente.

A DREM acrescenta que, da população empregada, 4.800 pessoas trabalharam a partir de casa, o número mais elevado de sempre na região autónoma, de acordo com o histórico de resultados do Inquérito ao Emprego.

Segundo os dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego em Portugal no segundo trimestre diminuiu de 5,9%, no primeiro trimestre, para 5,7%. Em relação ao trimestre homólogo, a redução foi de um ponto percentual.

De abril a junho, a taxa de desemprego foi superior à média nacional em três regiões do país (Madeira: 7,3%; Área Metropolitana de Lisboa: 6,8% e Açores: 5,9%) e inferior nas restantes quatro regiões (Norte: 5,5%; Algarve: 5,3%; Centro: 5,2%; e Alentejo: 4,4%).