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António Guterres disse esta sexta-feira que “a coisa mais importante” que fez enquanto secretário-geral da ONU foi conseguir que “dois países em guerra” assinassem acordos para a exportação de cereais e fertilizantes”.

A parceria com a Turquia foi essencial” e as “muitas ajudas e cooperações” também foram importantes para que fosse possível chegar aos acordos. “Os países em desenvolvimento precisam vitalmente de uma exportação massiva dos alimentos ucranianos e adubos e alimentos russos”, disse António Guterres em entrevista à SIC.

Ir àquele barco [no porto de Odessa] e ver o trigo entrar foi uma sensação inolvidável”, afirmou garantindo que a proposta para a abertura de um canal para o “escoamento dos produtos alimentares” foi “evoluindo” e “demorou muito tempo”.

Relativamente à central nuclear de Zaporíjia, o secretário-geral da ONU relembrou que a ONU não tem “qualquer interferência” para que a Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) visite um local.

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A forma de visitar a central nuclear de Zaporíjia é a Agência Internacional de Energia Atómica “que o define” e não as Nações Unidas, acrescentou António Guterres.

Ter uma central nuclear sujeita a bombardeamentos” em que as duas partes se acusam mutuamente é “um perigo” não só para a Ucrânia, mas um “perigo para todos nós”, garantiu.

Assim, o secretário-geral da ONU falou numa “situação muito insegura” e disse esperar que tanto a Ucrânia como a Rússia “facilitem uma solução”.

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Apesar de salientar que Agência Internacional de Energia Atómica é uma autoridade “autónoma”, Guterres declarou que as Nações Unidas têm capacidade “em matéria de logística e de segurança” para levar uma delegação da IAEA a Zaporíjia.

O secretário-geral da ONU esteve esta sexta-feira na Ucrânia e disse também à SIC que sai do país com “esperança”, mas também com “consciência das enormes dificuldades” que o mundo enfrenta.

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“As perspetivas de paz ainda não são claras e esta guerra está a causa um enorme sofrimento ao povo ucraniano, mas está a ter um impacto terrível em relação ao países subdesenvolvidos”, afirmou António Guterres, que considera que se prevê “um inverno difícil”.