O Twitter terá feito um acordo em junho com Peiter Zatko, o antigo chefe de segurança da rede social, para que a denúncia às vulnerabilidades de segurança da empresa não fosse tornada pública. De acordo com o Wall Street Journal, o acordo envolvia o pagamento de sete milhões de dólares para que o assunto não se tornasse público.

Independentemente do acordo, a denúncia às vulnerabilidades de segurança da rede social tornaram-se públicas, dando um novo fôlego à defesa de Elon Musk. O homem mais rico do mundo, que em abril quis comprar o Twitter mas mais tarde mudou de ideias, enfrenta em outubro a rede social em tribunal.

Elon Musk deixou de querer comprar o Twitter em julho, alegando que a empresa não estava a fornecer toda a informação necessária e desconfiando do peso das contas falsas no total de utilizadores. A denúncia de Peiter Zatko, um “hacker” veterano, referia justamente que a empresa não estaria a levar a sério a tarefa de controlar o spam na rede social. Já esta semana, a juíza que tem em mãos o processo deu luz verde à inclusão da denúncia do antigo chefe de segurança do Twitter no julgamento.

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Numa carta enviada ao Twitter, os advogados de Musk referem que a decisão de o Twitter pagar milhões ao denunciante dá mais uma justificação ao empresário sul-africano para pôr um ponto final na aquisição.

A carta refere que o Twitter não procurou autorização para fazer um pagamento do género, o que violaria o acordo de aquisição que havia na altura. Nesse sentido, Musk já “não é obrigado” a completar a compra, refere a carta, que foi partilhada com o regulador dos mercados de capitais dos Estados Unidos, a SEC.

Elon Musk enfrentará o Twitter no Tribunal de Delaware a 17 de outubro. O julgamento vai ter uma extensão de cinco dias. A rede social recorreu à justiça para fazer com que Musk conclua a compra da rede social, por 44 mil milhões de dólares. O acordo de compra determinou também que, no cenário de o negócio não avançar, Elon Musk teria de pagar ao Twitter mil milhões de dólares.

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