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Na segunda-feira, a Abadia de Westminster recebeu dois mil convidados para o funeral da Rainha Isabel II. À família real britânica juntaram-se membros de outras casas reais e políticos de todo o mundo, como os Presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron. Este teria sido, segundo uma apresentadora russa, o momento ideal para a Rússia lançar um ataque com armas nucleares ao Reino Unido.

Família, realeza, Presidentes e amigos. De Biden a Juan Carlos, as imagens dos convidados do funeral de Isabel II

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No talk-show pró-Kremlin 60 Minutes, transmitido no canal Russia-1, a apresentadora Olga Skabeyeva sugeriu que Moscovo poderia ter conduzido um ataque durante o funeral. O vídeo originalmente em russo, foi traduzido e divulgado nas redes sociais por Julia Davis, uma colunista do The Daily Beast que acompanha os media russos.

Todo começou quando Andrey Gurulyov, comentador e deputado da Duma, reagia ao aviso deixado pelo Presidente norte-americano ao homólogo russo de que haveria consequências se a Rússia usasse armas nucleares ou químicas na Ucrânia. Em resposta às declarações de Joe Biden, Gurulyov disse que esse cenário é uma possibilidade, mas não na Ucrânia.

“O que o faz pensar que iríamos conduzir uma ataque nuclear contra a Ucrânia? Ainda vamos ter de viver lá”, sublinhou. O comentador sugere então que poderiam voltar a atenção para a base aérea norte-americana Ramstein, na Alemanha, mas este é um alvo que, na sua opinião, pode esperar. Como alternativa, refere que poderiam antes atacar o Reino Unido.

Porque é que iríamos bombardear a Ucrânia e a Alemanha quando há o Reino Unido, a raiz do mal?”

É nesta altura que a apresentadora Olga Skabeeva diz que deveriam ter aproveitado o momento do funeral. “Deveríamos ter feito isso hoje [segunda-feira], estavam lá todos para o funeral“, afirmou.

Gurulyov prossegue e refere que no caso de um ataque nuclear o Reino Unido se iria transformar num “deserto marciano”, desvalorizando ainda a possibilidade de a NATO responder ao abrigo do artigo 5.º – que diz que um ataque a um membro do bloco é considerado um ataque de violência contra todos os aliados.

Segundo a Sky News, este programa é notório pela informação enganadora sobre a guerra na Ucrânia e frequentemente usado como um veículo da propaganda russa. Este não é o primeiro comentário do género nas televisões russas, onde, em maio , Dmitry Kiselyov, dos aliados de Vladimir Putin e um dos principais propagandistas do Kremlin, disse que um lançamento e não existiria mais Inglaterra.

“Não há mais Inglaterra.” Aliado de Vladimir Putin ameaça Reino Unido com ataque nuclear