A variante Ómicron da Covid-19 tornou-se na única detetada desde julho em Moçambique, anunciaram as autoridades, numa altura em que a vacinação avança, a doença recuou e o país aliviou quase todas as restrições.

Novas vacinas têm sido desenvolvidas a nível mundial de acordo com as variantes e linhagens do vírus SARS-CoV-2.

A linhagem BA.4 da variante Ómicron “é atualmente a linhagem dominante” presente em 44% das amostras analisadas entre junho e agosto, lê-se no último boletim de vigilância genómica, publicado pelo Instituto Nacional de Saúde de Moçambique.

Na outra parcela de 45% foram encontradas outras linhagens (BA.2 e BA.5) da mesma variante que já estavam em circulação e surgiram duas novas (BE.1 e BF.5), mas sem impactos na saúde.

É de salientar a circulação da variante Delta em baixas percentagens nos meses de abril, maio e junho e a sua ausência nos meses subsequentes”, acrescenta.

A Rede de Vigilância Genómica (ReviGen) de Moçambique tem como objetivo vigiar a circulação de variantes do vírus SARS-CoV-2 no país e entre julho de 2020 e agosto de 2022 foram analisados 1.245 genomas sequenciados a partir de amostras provenientes de todas as províncias.

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O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou em 31 de agosto o fim da obrigatoriedade generalizada de uso de máscaras para prevenção da Covid-19, com exceção em espaços de saúde e outros casos particulares.

Moçambique registou em agosto um total de 498 casos de Covid-19 e cinco mortes.

A evolução favorável “está associada à elevada cobertura de vacinação”, assinalou Nyusi, com mais de mais de 14 milhões de pessoas inoculadas, correspondendo a cerca de 97% do objetivo, ou seja, a população com mais de 18 anos.

Nyusi apontou a necessidade de se “continuar a melhorar a cobertura de vacinação”, anunciando para 27 de setembro o início da vacinação para faixas etárias mais jovens — a partir dos 12 anos.