Ao 221.º dia de guerra, no seu discurso habitual, Volodymir Zelensky, Presidente ucraniano, disse que, ao longo da última semana, as tropas ucranianas libertaram vários assentamentos do controlo russo — mais concretamente, o de Arkhanhelske e Myrolyubivka, na região de Kherson.
“A história da libertação de Lyman, na região de Donetsk, tornou-se na mais popular nos media. Mas os sucessos dos nossos soldados não se limitam a Lyman”, disse no discurso deste domingo.
Falou também nos alegados referendos realizados pela Rússia em quatro regiões ucranianas — cujos resultados foram favoráveis à anexação, oficializada depois pelo Kremlin (não sendo reconhecida pelo Ocidente).
“Recentemente, alguém, nalgum lado, realizou pseudo-referendos, e quando a bandeira ucraniana for devolvida, ninguém se vai lembrar da farsa russa, com alguns pedaços de papeis e algumas anexações”, disse Zelensky.
“Exceto, claro, as organizações de aplicação de lei na Ucrânia. Porque toda a gente que está envolvido em qualquer um dos elementos desta agressão contra o Estado será responsabilizado.”
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O que aconteceu durante o dia?
- Após as intensivas ameaças de Putin, NATO alertou todos os seus estados membros para o movimento do submarino russo que transporta o Poseidon, “a arma do apocalipse” do exército russo.
- Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), pediu a libertação de Ihor Murashov, diretor-geral da central nuclear ucraniana de Zaporíjia, detido por uma patrulha russa, na sexta-feira, 30 de setembro.
- Continuam a chegar relatos dos casos de tortura praticados por forças russas, no caso dois americanos que ficaram 104 dias em cativeiro.
- Entretanto, a Alemanha, Dinamarca e Noruega vão entregar à Ucrânia 16 obuses eslovacos em 2023;
As imagens dos primeiros veículos blindados M113A1/A2 doados por Portugal à Ucrânia circularam pelas redes sociais, e foram partilhadas por uma página de rastreamento de material militar. - O Tribunal Constitucional da Rússia validou este domingo os tratados de anexação de quatro territórios ucranianos assinados pelo Presidente Vladimir Putin, permitindo que o parlamento (Duma) inicie, na segunda-feira, o processo de alteração da Constituição.
- O papa Francisco lamentou a anexação do território ocupado da Ucrânia pela Rússia e deixou apelos aos líderes dos dois países.
A poderosa “arma do apocalipse” de Putin está em movimento. NATO alerta todos os estados membros
