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Enquanto houver estrada para andar é Taremi quem arrepia caminho (a crónica do FC Porto-P. Ferreira)

Este artigo tem mais de 1 ano

Os dragões entraram a ganhar, chegaram ao intervalo muito tranquilos no jogo e acabaram a golear o P. Ferreira (4-0). Taremi marcou, construiu um golo e voltou a ser o elemento crucial para Conceição.

O avançado iraniano voltou a ser crucial para a vitória dos dragões
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O avançado iraniano voltou a ser crucial para a vitória dos dragões

EPA

O avançado iraniano voltou a ser crucial para a vitória dos dragões

EPA

Um FC Porto de duas caras. Nas últimas semanas, a equipa de Sérgio Conceição venceu o Club Brugge e o Atl. Madrid na Liga dos Campeões e garantiu o primeiro lugar do grupo; também nas últimas semanas, a equipa de Sérgio Conceição perdeu com o Benfica no Dragão e empatou nos Açores com o Santa Clara, ficando a oito pontos da liderança dos encarnados.

Este sábado, em casa, o FC Porto precisava de mostrar que tinha capacidade para transportar o sucesso europeu para as tarefas internas. Contra o P. Ferreira, o último classificado da Primeira Liga, os dragões estavam praticamente obrigados a ganhar não só para não correr o risco de alargar a distância para o Benfica como também para se manterem perto do Sp. Braga, que começava a jornada com mais dois pontos.

Ficha de jogo

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FC Porto-P. Ferreira, 4-0

12.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)

FC Porto: Diogo Costa, Rodrigo Conceição (João Mário, 61′), Fábio Cardoso, Marcano, Wendell, Uribe (Grujic, 61′), Stephen Eustáquio (Galeno, 61′), Otávio, Pepê, Evanilson (Toni Martínez, 71′), Taremi (Gonçalo Borges, 83′)

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, David Carmo, Bruno Costa, Danny Loader

Treinador: Sérgio Conceição

P. Ferreira: Jordi, Juan Delgado, Flávio Ramos (Adrián Butzke, 45′), Tiago Ilori (Pedro Ganchas, 26′), Nuno Lima, Antunes (Bastien Toma, 45′), Rui Pires, Matchoi, Zé Uilton (Jorge Silva, 78′), Gaitán (Nigel Thomas, 62′), Koffi

Suplentes não utilizados: Zé Oliveira, Abbas Ibrahim, Arthur Sales, Kayky

Treinador: José Mota

Golos: Evanilson (4′ e 39′), Taremi (31′), Juan Delgado (ag, 55′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Rui Pires (44′), a Grujic (68′), a Juan Delgado (69′), a João Mário (82′), a Matchoi (88′)

“A classificação não nos diz muito. É um jogo contra um clube que tem feito épocas atrás de épocas na Primeira Liga. É um clube com qualidade, sendo que não está a atravessar um bom momento. A troca da equipa técnica espelha a nossa dificuldade em olhar para o jogo. Não podemos adivinhar qual é que será o comportamento tático do Paços. Temos de perceber que existe qualidade individual e perceber que o José Mota anda há muitos anos nisto, tem muita experiência. Ele quer o máximo dos jogadores, no foco e na agressividade no jogo. Espera-nos um adversário difícil. Temos de arrepiar caminho. Temos de fazer de tudo para ganhar os três pontos, não há outra forma de olhar para o jogo”, explicou Sérgio Conceição na antevisão, recordando que José Mota assumiu o comando da equipa há cerca de duas semanas.

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Assim, neste contexto e face ao jogo contra o Atl. Madrid a meio da semana, o treinador dos dragões fazia três alterações: tirava o lesionado Zaidu, assim como Grujic e Galeno, e recuperava a titularidade de Wendell, Uribe e Rodrigo Conceição. Ou seja, não só fazia Pepê regressar a terrenos mais adiantados como mantinha Marcano no eixo defensivo e ao lado de Fábio Cardoso, optando por deixar David Carmo no banco de suplentes. Do outro lado, José Mota alterava o sistema tático para a visita ao Dragão e apresentava um P. Ferreira com três centrais, num 3x5x2 que se transformava em 5x3x2 quando a equipa estava a defender.

O FC Porto entrou no jogo praticamente a ganhar, com Evanilson a abrir o marcador ainda nos instantes iniciais: Eustáquio recebeu na meia esquerda e levantou para a grande área, onde o brasileiro apareceu a receber para depois finalizar à saída de Jordi (4′). Os dragões relaxaram com a vantagem embrionária, aproveitando para não insistir muito na pressão alta, e o P. Ferreira até beneficiou de alguns momentos de posse de bola em que conseguiu chegar perto da área de Diogo Costa — como na jogada em que Juan Delgado, por escassos centímetros, falhou o desvio na sequência de um cruzamento de Koffi (17′).

José Mota acabou por ter de mexer ainda antes da meia-hora, trocando Tiago Ilori por Pedro Ganchas devido a uma lesão muscular do central, e o FC Porto aumentou a vantagem pouco depois. Pepê solicitou Taremi e o iraniano, com um movimento brilhante que deixou dois adversários para trás e o colocou isolado na cara de Jordi, só precisou de atirar rasteiro para fazer o segundo golo dos dragões (31′). A equipa de Sérgio Conceição aproveitou o embalo e aumentou ainda mais os números já perto do intervalo por intermédio de Evanilson, que bisou pela primeira vez desde abril na sequência de mais um desbloqueio brilhante de Taremi e uma assistência de Pepê (39′).

No fim de uma primeira parte algo parada e sem grandes pontos de destaque, o FC Porto estava a vencer de forma natural e ia capitalizando o ascendente claro que tinha em relação ao P. Ferreira. Mesmo sem asfixiar a equipa de José Mota com posse de bola, pressão alta ou reação intensa, os dragões causavam perigo sempre que entravam no último terço adversário e ficavam na cara de Jordi com recurso a poucos passes.

Ao intervalo, Sérgio Conceição podia dar-se ao luxo de olhar para a segunda parte como uma oportunidade para gerir o plantel e até fazer algumas poupanças já a pensar no compromisso da Taça de Portugal contra o Mafra a meio da semana e na sempre complexa deslocação ao Bessa para defrontar o Boavista na próxima jornada pela Liga. Pelo meio, porém, não podia correr o risco de desligar os motores e ser surpreendido como havia acontecido na semana passada contra o Santa Clara, nos Açores.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do FC Porto-P. Ferreira:]

Sérgio Conceição não mexeu ao intervalo mas José Mota aproveitou para fazer mais duas substituições, trocando Flávio Ramos e Antunes por Butzke e Toma e corrigindo a equipa para um 4x3x3 mais natural. A lógica, porém, manteve-se: com apenas 10 minutos da segunda parte, na sequência de um cruzamento na direita, Juan Delgado discutiu um lance com Taremi no ar mas acabou por cabecear para a própria baliza, carimbando a goleada do FC Porto (55′).

O treinador dos dragões aproveitou o volumoso resultado para começar a poupar esforços e tirou Rodrigo Conceição, Uribe e Eustáquio, lançando João Mário, Grujic e Galeno. Do outro lado, o técnico do P. Ferreira também mexeu e trocou Gaitán por Thomas, numa substituição que pouco ou nenhum impacto teve na atuação da equipa. O jogo foi decorrendo com um ascendente total do FC Porto, que ia gerindo as ocorrências sem precisar de se esforçar muito ou de se preocupar demasiado com as tarefas defensivas, e Taremi ainda teve um golo anulado por fora de jogo (62′) antes de Evanilson sair para deixar entrar Toni Martínez.

Até ao fim, independentemente das alterações e de uma reação visitante muito consentida e controlada pelos anfitriões, já pouco aconteceu. O FC Porto goleou o P. Ferreira no Dragão e garantiu desde já que, pelo menos, vai manter as distâncias para o Benfica e para o Sp. Braga, regressando às vitórias para a Liga depois de duas jornadas sem ganhar. Sérgio Conceição tinha avisado que era preciso arrepiar caminho — e Taremi, com um golo e um passe crucial para outro, voltou a mostrar que é o homem certo para isso mesmo enquanto houver estrada para andar.

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