Foi quase uma história de Hollywood. Assim que Bruno Lage foi despedido, o Wolverhampton interessou-se por Julen Lopetegui, treinador que saiu do Sevilha pouco tempo depois. A imprensa inglesa garantiu que o espanhol não estava interessado, as opções Nuno Espírito Santo e Sean Dyche não seguiram em frente e o clube acabou por optar ficar com Steve Davis enquanto interino até ao fim da época. Mas a decisão durou pouco tempo.

Este sábado, depois de uma semana em que Lopetegui voltou a ser incessantemente associado ao Wolverhampton, o clube anunciou que o treinador espanhol vai orientar a equipa a partir do dia 14 de novembro. Ou seja, que vai começar a pensar no presente e no futuro do Wolves durante o Mundial, com Steve Davis a manter-se no cargo de treinador principal na próxima semana e meia.

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“O Julen é um treinador de topo, com uma experiência incrível na elite da modalidade. Estamos muito contentes por termos chegado a um acordo que o traz para o Wolves. Desde o primeiro momento que o Julen foi a nossa primeira escolha para orientar o Wolves. Estamos ansiosos por lhe dar as boas vindas a ele e à sua equipa quando se juntarem a nós nas próximas semanas”, referiu Jeff Shi, presidente do clube, em comunicado.

Era neste contexto, com a certeza de que um treinador a tempo inteiro vai surgir após o Mundial, que o Wolves recebia este sábado o Brighton, a equipa sensação da Premier League. José Sá, Nélson Semedo, Rúben Neves, João Moutinho, Gonçalo Guedes e Podence eram todos titulares, já que Diego Costa cumpria castigo depois de ter sido expulso na jornada anterior e Matheus Nunes estava lesionado, e o Brighton abriu o marcador logo à passagem dos 10 minutos iniciais por intermédio de Lallana (10′). Gonçalo Guedes respondeu instantes depois, empatando com assistência de Traoré (12′), e o Wolves acabou por dar a volta ao marcador já perto do intervalo de grande penalidade e graças a Rúben Neves (35′).

Antes do intervalo, porém, a equipa mais portuguesa de Inglaterra sofreu dois golpes profundos. Mitoma empatou já bem perto do fim da primeira parte (44′) e, já nos descontos, Nélson Semedo viu cartão vermelho direto por fazer falta sobre o mesmo Mitoma quando este seguia isolado para a baliza. No regresso aos balneários, o Wolverhampton estava empatado e reduzido a 10 elementos com toda a segunda parte por jogar, com Steve Davis a decidir trocar Podence por Jonny Otto ao intervalo.

Steve Davis ainda lançou Aït-Nouri e Adama Traoré ao longo da segunda parte mas acabou por ser o Brighton a sorrir, com Pascal Gross a marcar o golo da vitória já dentro dos últimos 10 minutos (83′). O Wolves voltou a perder e voltou a perder em casa, somando agora quatro jornadas seguidas sem ganhar entre três derrotas e um empate e mantém-se na zona de despromoção da Premier League.

Também este sábado, no Etihad, o Manchester City escorregou em casa e empatou com o Fulham de Marco Silva. Os citizens abriram o marcador por intermédio de Julián Álvarez (17′) mas, já bem perto da meia-hora, João Cancelo fez grande penalidade, foi expulso e viu Andreas Pereira empatar a partida (28′). Pouco aconteceu na segunda parte, mesmo com as entradas de Phil Foden e Haaland de um lado e Mbabu e Daniel James do outro, e a equipa de Pep Guardiola acabou por chegar à vitória só nos descontos e por intermédio de uma grande penalidade convertida pelo avançado norueguês (90+5′).