Kyle Walker, John Stones, Kalvin Philipps, Phil Foden, Jack Grealish. Rúben Dias, João Cancelo, Bernardo Silva. Rodri, Laporte. Ederson. Kevin de Bruyne. Gündogan. Nathan Aké. Akanji. Julian Álvarez. Jogadores de nove nacionalidades diferentes com o ponto comum de estarem convocados para o Mundial do Qatar, que arranca já no próximo domingo. No fundo, e tirando alguns elementos mais jovens ou que estão ainda a caminho de consolidar posição na sua seleção (como Sergio Gómez), todos os jogadores possíveis à exceção de dois dos maiores ausentes da fase final: Riyad Mahrez (Argélia) e Erling Haaland (Noruega).

Na sequência da vitória na Taça da Liga frente ao Chelsea a meio da semana, com Pep Guardiola a rodar alguns jogadores mas a ganhar com golos de Mahrez e Julian Álvarez, o Manchester City jogava em casa antes da pausa para o Campeonato do Mundo, numa receção ao Brentford que vinha numa sequência de quatro triunfos consecutivos, e as atenções voltavam a centrar-se no Thor do Etihad, Haaland, que na última ronda entrou na segunda parte para decidir nos descontos o triunfo frente ao Fulham. Ao todo, e entre vários recordes, o norueguês só não marcou nem assistiu num jogo da Premier (Liverpool, 0-1) e chegava à 13.ª jornada com um total de 18 golos e três assistências em 951 minutos jogados.

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“Estará em Marbella e na Noruega. A forma como chegar à segunda metade da temporada depende de como se comportar em Marbella. Tem casa lá e sei que vai para lá. Jogará golfe e, com sorte, não comerá nem beberá em demasia e regressará em grande forma para a segunda metade. Mas aqui ele é o primeiro a chegar, um dos últimos a ir e cuida perfeitamente do corpo”, tinha referido na semana passada Guardiola a propósito do interregno de provas com o avançado a ficar de fora da fase final do Mundial. “Se pode jogar com o Brentford? Vamos ver, depende do treino. Mas sim, está melhor”, acrescentou antes do jogo.

Haaland foi mesmo titular mas nem por isso, entre todo o habitual domínio territorial e de posse, o City conseguiu ser muito superior ao Brentford no primeiro tempo. Aliás, bastava dizer que Ederson tinha feito três defesas contra apenas uma de David Raya para se perceber a boa réplica dos visitantes no primeiro tempo, tendo mesmo chegado à vantagem por Ivan Toney pouco depois do quarto de hora num lance de bola parada em que conseguiu desviar de cabeça na área (16′). O avançado já tinha deixado um aviso, fez mesmo o 1-0 e os citizens continuavam sem enquadrar remates, valendo o minuto de descontos para um empate marcado por Phil Foden também na sequência de bola parada que não mudaria o jogo (45+1′).

Quando se pensava que o City entraria a todo o gás para resolver a partida, houve duas paragens longas (Laporte abriu o sobrolho e o aparelho de comunicação do assistente também precisou de mudar a pilha), muitos passes falhados de forma anormal pelos principais municiadores da equipa de Guardiola, um ou outro remate à baliza de Raya que o espanhol foi controlando sem grandes problemas e mais dois avisos de Toney para defesa de Ederson. Já com a ansiedade a tomar conta da equipa pelo passar dos minutos, o cenário não melhorou e foram mesmo as abelhas a chegar ao golo no oitavo minuto de descontos pelo inevitável Toney na sequência de uma transição que começou num canto do City.

Na mesma semana em que soube que vai falhar o Mundial, também por estar envolvido numa investigação por uma alegada ligação a apostas (não de jogos onde participava mas noutros encontros, o que é proibido de acordo com as regras da Federação Inglesa), Ivan Toney provou que é jogador de seleção e acabou por fazer a diferença naquela que foi a primeira derrota do Manchester City em casa esta época, que garante desde já que o Arsenal, que joga apenas esta noite com o Wolverhampton, acabe sempre como líder da Premier League antes da paragem na competição até ao Boxing Day por causa do Mundial.