Com a maioria dos olhos virados para o Qatar, por cá o Benfica vem continuando a fazer história: há quase 50 anos que as águias não chegavam tão rápido à marca dos 70 golos numa época (desde 1972/73). O marco foi alcançado no primeiro jogo dos encarnados para a Taça da Liga que culminou com uma vitória frente ao Estrela da Amadora (2-3) mesmo sem os seis internacionais presentes no Qatar.

Roger Schmidt fez duas alterações em relação a esse mesmo duelo: Morato e Julian Draxler renderam John Brooks e Diogo Gonçalves. Já Filipe Rocha promoveu uma autêntica revolução no onze com nove alterações em relação ao jogo em que foi derrotado frente ao Moreirense. Caio Secco, Robinho, João Miguel, Simãozinho, Leandro, João Oliveira, Filipe, Feliz e Molvadgaard renderam os lugares de Nuno Macedo, Afonso Figueiredo, Silvério, Lucas, Rúben Freitas, Diogo Batista, Vasco Braga, Reko e Roberto.

O Benfica entrou a todo o gás e numa espécie de via rápida criada no Estádio da Luz. Claro domínio encarnado, mas com as ocasiões de golo a ficarem bem aquém deste indicador. O bloco baixo do Penafiel e a marcação cerrada a Rafa ia condicionando a criatividade das “águias” no último terço do campo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O conjunto de Filipe Rocha ia-se mostrando muito coeso defensivamente sem conceder espaços à equipa de Schmidt. Uma exibição inteligente de um Penafiel muito bem organizado em bloco baixo e que tentava, sobretudo, aproveitar os espaços atacando rápido em profundidade.

Benfica vence o Penafiel e soma a segunda vitória na Taça da Liga (2-0)

Apesar da arrancada frenética das águias, o ascendente foi diminuindo ao longo do primeiro tempo e equilibrando a balança no relvado da Luz. O que é certo é que nos minutos finais, o conjunto encarnado pedia mesmo intervalo.

O Benfica entrou na segunda parte com a mesma atitude da primeira, mas muito mais esclarecido na frente de ataque: bastaram três minutos para as águias encontrarem o caminho até à baliza por duas vezes, uma tarefa que parecia quase impossível na primeira parte.

Aos 55 minutos, Gilberto marcou o primeiro da noite depois de um grande trabalho individual de Grimaldo. David Neres dilatou a vantagem logo depois num lance que quase parecia o mesmo: Musa passou por vários adversários, Rafa ainda tentou levar a melhor perante Caio Secco, mas foi mesmo o brasileiro a ser feliz. A resposta do Penafiel ainda veio aos 65′, mas o golo de Rúben Freitas foi anulado por fora de jogo.

Destaque para a exibição de Gilberto num duelo que foi descodificado pelo desbloqueio criativo no último terço encarnado neste segundo tempo. Por outro lado, a história deste encontro foi também ditada por uma quebra do Penafiel quando comparados com os níveis de coesão e concentração sentidos nos primeiros 45 minutos.

O Benfica venceu, assim, o segundo jogo da fase de grupos da Taça da Liga e chegou aos 27 duelos sem perder durante esta época. Os encarnados vão fazer uma pausa e só voltam à competição frente ao Moreirense dia 17 de dezembro.