Acabaram-se as dúvidas: a FIFA confirmou, através da tecnologia presente na bola do Campeonato do Mundo, que Cristiano Ronaldo não teve intervenção no lance do primeiro golo de Portugal contra o Uruguai. Logo, que o golo pertenceu a Bruno Fernandes. 

De acordo com a ESPN, foi a própria Adidas que indicou à FIFA que os sensores presentes na bola do Mundial do Qatar não registaram qualquer toque ou desvio por parte de Cristiano Ronaldo. “No jogo entre Portugal e Uruguai e através da Connected Ball Technology, conseguimos definitivamente demonstrar que não houve qualquer contacto de Cristiano Ronaldo no momento do primeiro golo. Não se mediu nenhuma força externa na bola, de acordo com as nossas medições. O sensor que está dentro da bola permite-nos ser altamente precisos na nossa análise”, indicou a marca desportiva em comunicado.

O golo de Portugal que primeiro foi de Cristiano Ronaldo, mas depois foi atribuído a Bruno Fernandes

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De recordar que, esta terça-feira e ainda durante o jogo, a FIFA começou por atribuir o golo a Cristiano Ronaldo, alterando depois a indicação oficial para indicar que tinha sido Bruno Fernandes a marcar. Após o apito final, e também já depois de o capitão da Seleção Nacional ter referido à equipa de arbitragem que tinha tocado na bola, o organismo que regula o futebol mundial revelou que uma comissão técnica iria avaliar a jogada para tomar uma decisão definitiva.

Na sala de imprensa, quando prestou declarações na qualidade de melhor jogador em campo, Bruno Fernandes garantiu que festejou o golo como se tivesse sido de Cristiano Ronaldo. “Eu festejei como se o golo fosse do Cristiano. O meu objetivo era cruzar para ele. Mas, marque um ou outro, é igual. Por norma, é mais significativo para os avançados marcar. Mas o importante é que conseguimos o nosso objetivo”, atirou o médio do Manchester United.

Câmaras, sensores na bola, dados enviados 500 vezes por segundo: a nova tecnologia de fora de jogo que está em vigor no Qatar

A indicação da Adidas partiu de um elemento que está presente neste Campeonato do Mundo e que elimina eventuais margens mínimas de erro: um sensor inercial que está instalado no centro da própria bola, batizada como Al Rihla. A bola, desenvolvida pela empresa alemã Kinexon e que possui uma bateria recarregável, envia dados 500 vezes por segundo para precisar onde e quanto é que cada toque no esférico está a acontecer. Todos esses parâmetros são enviados e analisados na sala do VAR e dissecados em caso de dúvidas após o apito final — tal como aconteceu no lance com Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo.