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É ver para crer. Para o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esta é a única forma de o empresário Elon Musk perceber o impacto da invasão russa no país. Esta quarta-feira, lançou-lhe um convite: visitar a Ucrânia e testemunhar os danos provocados pelas forças russas.

“Se quer compreender o que a Rússia fez aqui, venha até à Ucrânia e veja com os seus próprios olhos. Depois disso, pode dizer-nos como acabar esta guerra, quem a começou e quando a podemos acabá-la”, afirmou Zelensky durante um intervenção por vídeochamada no DealBook Summit, um evento organizado pelo New York Times.

O líder ucraniano não esqueceu os comentários do dono da SpaceX, que, no mês passado, partilhou no Twitter a sua proposta para alcançar um acordo de paz entre Kiev e Moscovo. Numa sondagem divulgada na rede social, que entretanto comprou, Musk sugeriu repetir os referendos nas quatro regiões ucranianas anexadas pela Rússia, desta vez sob a supervisão da ONU; que a Crimeia fosse formalmente reconhecida como território russo, com o abastecimento de água à região garantido; e que a Ucrânia permanecesse um país neutro.

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A proposta de Elon Musk para a paz na Ucrânia e as respostas, pouco amistosas, que está a receber

As declarações geraram um onda de protesto contra o empresário, visto como um aliado depois de ter disponibilizado à Ucrânia o serviço de satélites da Sartlink, da SpaceX, que tem sido fundamental para assegurar as comunicações das forças ucranianas. O apoio que tem prestado não o protegeu e de Kiev choveram várias críticas. Também o Presidente ucraniano deixou uma resposta, criando ele próprio uma sondagem: “De qual Elon Musk gostam mais? O que apoia a Ucrânia ou o que apoia a Rússia”, questionava. Desde o início da guerra, Zelensky tem sido irredutível, garantindo que todos os territórios ocupados pelas forças russas serão recuperados, incluindo a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Zelensky garante que Crimeia será devolvida à Ucrânia e à Europa