O Banco de Inglaterra aumentou as taxas de juro em 50 pontos-base esta quinta-feira, para 3,5%, imitando a Fed norte-americana na redução do ritmo de aperto monetário. A decisão já era esperada e foi defendida por 6 dos 9 membros do Comité de Política Monetária – nas margens, dois membros votaram para que não houvesse alteração e um votou por uma subida de 75 pontos.

A subida das taxas de juro, que as elevou para o nível mais elevado desde 2008, não terá sido a última. O Banco de Inglaterra sinaliza que nos próximos meses deverá haver novos aumentos e garantiu estar disponível para atuar “vigorosamente” se isso for necessário para controlar a inflação – que está em máximos de 41 anos, nos 10,7%.

“O mercado, neste momento, está a antecipar um pico nas taxas de juro de 4,5%”, escrevem analistas do Commerzbank em nota de reação – significaria mais 100 pontos-base de aumento. O banco alemão acredita que o ponto mais alto das taxas de juro, neste ciclo, não será tão elevado: “Num contexto de dados económicos que se preveem muito fracos na primavera, o Banco de Inglaterra deverá ponderar cada vez mais se a subida dos juros não estará a ser excessiva, sobretudo porque o seu efeito demora tempo a fazer-se sentir”. O banco central britânico não irá além dos 4,25%, acredita o Commerzbank.

EUA. Reserva Federal sobe juros para 4,5%, contra a inflação, e não fica por aqui. “Vamos manter o rumo até a missão estar cumprida”

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