A Promessa, o único romance de Silvina Ocampo, escrito ao longo de duas décadas com várias interrupções, vai ser publicado este mês de janeiro pela Antígona. A edição portuguesa tem tradução de Helena e uma nota preliminar de Ernesto Montequin, responsável pela publicação póstuma da livro na Argentina, em 2010. A ilustração da capa é de Mariana Malhão.

Silvina Ocampo, considerada um dos tesouros mais bem guardados da literatura latino-americana do século XX, começou a trabalhar em A Promessa na década de 1930, mas só terminou o romance no final da década de 1980, numa altura em que se encontrava a lutar contra os sintomas da doença de Alzheimer, que gradualmente reduziu as suas capacidades nos últimos anos de vida (Ocampo morreu em 1993).

A capa da edição portuguesa de A Promessa, que será publicada este mês de janeiro pela Antígona

A Promessa fala de uma mulher que, após cair ao mar num transatlântico, vê a vida inteira passar-lhe diante dos olhos, prometendo que a escreverá se sobreviver. Segundo a Antígona, trata-se de um livro  sobre “a fragilidade da memória e a ilusão da identidade”, “à deriva num oceano de recordações.

Companheira de Adolfo Bioy Casares, íntima de Alejandra Pizarnik e cúmplice intelectual de Jorge Luis Borges, Ocampo é conhecida como contista e novelista, tendo também publicado inúmeros livros de poesia. A Antígona tem no seu catálogo duas coletâneas de histórias da escritora argentina: A Fúria e Outros Contos (2021) e As Convidadas (2022).

Além de A Promessa, a editora vai lançar, também neste mês de janeiro, O Inquilino Quimérico, de Roland Torpor, um clássico do humor negro que foi adaptado ao cinema em 1976, por Roman Polanski.

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