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A Bielorrússia e a Rússia resistiram, ao longo do último ano, às tentativas do Ocidente para estrangular a economia dos dois países, defendeu o Presidente Aleksandr Lukashenko num encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

“É muito bom termos chegado a um balanço nas nossas relações comerciais e económicas com a Rússia (…). Isto sugere que a tentativa para nos estrangular falhou“, afirmou o chefe de Estado, citado pela agência de notícias Belta, sobre o balanço do ano que passou. No encontro com Sergei Lavrov, que também contou com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Lukashenko garantiu que no futuro Minsk e Moscovo vão continuar a trabalhar “lado a lado” e “manter-se firmes”.

Num ano marcado pela guerra na Ucrânia, a Rússia teve de lidar com as sanções impostas pelo ocidente, em particular da União Europeia e dos Estados Unidos.

Além das questões económicas, também a “operação militar especial” russa – termo usado pelo Kremlin para se referir à guerra na Ucrânia – esteve em destaque durante a conversa entre Lukashenko e Lavrov. O Presidente bielorrusso defendeu a Rússia como um país que é a favor da paz, perspetiva que garante defender nos contactos internacionais.

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“Sobre os problemas associados com a operação da Federação Russa na Ucrânia, tudo o que prometi, tudo o que era necessário neste tempo difícil para a Rússia e Bielorrússia nós cumprimos”, disse ainda Lukashenko, segundo um vídeo do encontro divulgado pelo conselheiro ucraniano do Ministério da Administração Interna.

Para 2023, a segurança é uma das prioridades estabelecidas por Lukashenko, que acusou a Ucrânia e os países ocidentais de tentar destabilizar o país. “Sabemos os planos dos nossos vizinhos ocidentais, não só da Ucrânia. Estão também a tentar usar a Ucrânia contra a Bielorrússia”, afirmou.

Na mesma linha, o chefe da diplomacia russa disse que trocaram pontos de vista sobre como garantir que os países vizinhos não se tornem numa ameaça. Em declarações à agência Belta, Lavrov criticou à atitude do ocidente, que “proclamou abertamente o seu objetivo de restringir o desenvolvimento” dos dois países.

O ministro russo acusou os políticos ocidentais de fazer todos os possíveis para “garantir um sentimento de superioridade” e os seus “sonhos e ilusões coloniais”. Mas deixou um aviso: a Rússia e Bielorrússia vão ajudar os “colegas” da NATO e União Europeia a “acordar” para a realidade.