A petrolífera britânica BP informou esta terça-feira que em 2022 registou perdas correspondentes a 2.312 milhões de euros, apesar de no último trimestre do ano ter conseguido ganhos de 10.057 milhões de euros, devido à subida do preço do crude.

Num comunicado enviado esta terça-feira à Bolsa de Londres a BP (British Petroleum) assinala que as perdas em 2022 contrastam com os lucros de 7.565 milhões de dólares (7.043 milhões de euros) no ano passado.

Os ganhos entre outubro e dezembro do ano passado foram 364% superiores em relação ao mesmo trimestre de 2021.

O lucro subjacente (cálculo interno na empresa sobre ganhos) alcançou em 2022 os 27.653 milhões de dólares (25.744 milhões de euros), 115,7% mais do que em 2021.

A petrolífera conseguiu reduzir a dívida em 2022, situando-a nos 21.422 milhões de dólares (19.943 milhões de euros), uma redução de 30% em relação ao ano anterior, segundo o comunicado da empresa britânica, que divulga os resultados em dólares por ser a divisa utilizada nos mercados petrolíferos.

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O EBITDA da companhia (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 60.747 milhões de dólares (56.555 milhões de euros), 62% mais do que no ano anterior.

A empresa assinala que no último trimestre de 2022 efetuou a recompra de ações por 3.200 milhões de dólares (2.979 milhões de euros, enquanto que o fluxo efetivo nos últimos três meses foi de 5.100 milhões de dólares (4.748 milhões de euros).

Em relação a 2023, a BP tem intenção de destinar 40% do excedente de tesouraria para reforçar o balanço mantendo-se centrada no investimento e na recompra de ações.

Segundo as projeções, a BP espera efetuar uma recompra de ações de 4.000 milhões de dólares (3.724 milhões de euros) por ano e afirma ter capacidade para fazer um aumento anual do dividendo anual por ação (ordinária) de 4%.

A BP anunciou um dividendo de 6,61 cêntimos por ação (ordinária) que espera pagar no próximo dia 31 de março aos acionistas, enquanto que o equivalente em libras vai ser anunciado no dia 14 de março.

A empresa indicou ainda que (em comparação com os níveis de 2019) espera que as emissões de carbono resultantes da produção do petróleo e gás venham a ser reduzidas entre 20% a 30%, em 2030.