O governo timorense aprovou esta segunda-feira um projeto de apoio da Coreia do Sul para combate às doenças infecciosas em Timor-Leste, e a negociação de um empréstimo com o Banco Mundial para reforço das infraestruturas de saúde.

Segundo informou o executivo em comunicado, o apoio da Agência de Cooperação Internacional da Coreia do Sul (KOICA), no valor de até seis milhões de dólares (5,6 milhões de euros), destina-se ao “fortalecimento da preparação e resposta às doenças infecciosas” em Timor-Leste.

O acordo pretende reforçar a “capacidade de detetar, notificar e responder a todos os níveis e em tempo útil a eventos e surtos de doenças infecciosas prioritárias, bem como com a preparação de especialistas nacionais na matéria”.

Paralelamente, o governo aprovou também nesta segunda-feira o arranque de negociações com o Banco Mundial para a concessão de um empréstimo, no valor de cerca de 50 milhões de dólares(quase 47 milhões de euros), a que se somará uma comparticipação do executivo de 3,5 milhões de dólares (mais 3,3 milhões euros), para infraestruturas de saúde.

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O projeto, Ação de Cuidados de Saúde em Timor-Leste Através de Melhorias Rápidas nas Infraestruturas (conhecido como HARI’I), prevê que o empréstimo seja canalizado para o “fortalecimento das infraestruturas de saúde, bem como do sistema de referência entre as unidades de saúde municipais e os centros hospitalares”.

As negociações, que serão conduzidas pelo ministro das Finanças, Rui Gomes, surgem na sequência de uma avaliação prévia, positiva, do Banco Mundial sobre a viabilidade do projeto e do empréstimo.

Com cinco anos de duração, o projeto pretende melhorar infraestruturas nos municípios de Lautem e Viqueque, no leste do país, e em Ermera, no centro, beneficando quase 290 mil pessoas, segundo a estimativa do Ministério das Finanças.

O grosso do financiamento destina-se às infraestruturas em si, com o projeto a abranger ainda a gestão dos serviços de saúde primários, e respostas de contingência em caso de emergência.

O empréstimo, sem juros, terá uma taxa administrativa de 0,75% por ano e de 0,5% de taxa de compromisso, com uma maturidade a 40 anos e um período de carência de 10 anos.