A Rússia disparou mísseis sobre várias cidades ucranianas, desde Kharkiv (leste) até Lviv (oeste), ao longo da madrugada desta quinta-feira, num dos maiores ataques registados nos últimos meses.

Pelo menos seis pessoas morreram e várias ficaram feridas na sequência dos ataques. Para além disso, várias regiões ficaram sem eletricidade e aquecimento, já que os mísseis atingiram várias centrais energéticas.

Cinco pessoas morreram na cidade ocidental de Lviv, depois de um ataque a uma zona residencial no bairro de Zolovich. A informação foi avançada pelo governador da região, Maksym Kozytskyi, que diz que o ataque durou várias horas.

O número de pessoas mortas como resultado da queda de um rocket no bairro de Zolovich subiu para cinco. O corpo de outro homem, nascido em 1963, foi encontrado debaixo dos destroços”, acrescentou algumas horas depois o governador.

Há uma sexta vítima mortal a registar, na região de Dnipropetrovsk, confirmou o governador Serhii Lysak.

Ao todo, segundo a Ucrânia, a Rússia disparou 81 mísseis sobre toda a Ucrânia ao longo desta madrugada, incluindo seis mísseis supersónicos Kinzhal. Foram também disparados oito drones. O general ucraniano Valerii Zaluzhny garantiu que a Ucrânia intercetou 34 mísseis de cruzeiro e quatro dos drones.

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Um dos mísseis disparados atingiu uma central energética na capital Kiev, o que deixou cerca de 40% da cidade sem aquecimento, avisou o presidente da Câmara, Vitaly Klitschko, no Telegram.

A cidade de Zaporíjia também foi atingida por estes ataques, o que deixou a central nuclear daquela localidade “completamente desligada” da rede elétrica do país, avisou a empresa de energia ucraniana Energoatom.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu aos ataques desta noite numa mensagem divulgada no Telegram. “Foi uma noite difícil. Um ataque em massa de rockets por todo o país”, resumiu Zelensky, acrescentando que os ataques visaram infraestruturas e zonas residenciais. “Os ocupantes só conseguem aterrorizar civis, é a única coisa que fazem. Mas não os vai ajudar. Não vão evitar a responsabilidade por tudo o que têm feito”, afirmou o Presidente ucraniano.