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Volodymyr Zelensky defendeu que os bens de oligarcas russos devem ser usados para reparar os danos causados a todos os que sofreram por causa da Rússia.

No seu discurso diário em vídeo, o Presidente ucraniano referiu que esteve, esta quarta-feira, numa reunião com parceiros internacionais de várias instituições, da Comissão Europeia ao Banco Mundial e ao FMI, em que o tema da ajuda financeira à Ucrânia esteve em cima da mesa.

“O mundo conhece a solução, no que toca aos bens da Rússia, dos responsáveis russos e dos oligarcas que enriqueceram à medida que o seu Estado se tornou terrorista”, declarou o chefe de Estado ucraniano. “Todos estes bens devem ser usados para compensar pelas perdas daqueles a quem a Rússia causou dor e sofrimento”.

As declarações de Zelensky aconteceram precisamente no dia em que foram anunciados novas pacotes de ajuda financeira à Ucrânia: primeiro, o Banco Mundial, que se comprometeu a enviar mais de 180 milhões de euros para Kiev para ajudar a reconstruir a infraestrutura energética do país; depois, um empréstimo de mais de 450 milhões do Reino Unido para ser investido nos sistemas de saúde e educação.

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“Pedi [aos nossos parceiros] que fossem mais ativos para que a Ucrânia também pudesse ser mais ativa na reconstrução, e para que uma vida normal pudesse ser restaurada aos ucranianos”, disse Zelensky.

Também esta quarta-feira, o Presidente ucraniano encontrou-se com uma delegação bi-partidária de congressistas dos EUA. “Como sempre, demonstrámos que a nossa relação com os EUA no que toca ao fornecimento de armas e à ajuda financeira é totalmente limpa e transparente”, frisou Zelensky, que aproveitou também para deixar um alerta: “É importante que não deixemos que manipulações artificiais estraguem a nossa confiança”.

Em Kiev, o dia ficou ainda marcado pela cerimónia de formatura dos novos membros da polícia ucraniana, que o chefe de Estado fez questão de congratular. “São mais de 3 mil jovens, profissionais e patriotas, que agora se juntam aos que já defendem” a Ucrânia, declarou.

Zelensky frisou ainda que muitos dos novos agentes irão ser destacados para territórios perigosos, como Kharkiv e Sumy. “Sem o trabalho consciente dos Serviços de Emergência do Estado e da polícia, é simplesmente impossível imaginar uma vida normal”, lembrando que o seu trabalho é essencial para salvar vidas.

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