A petrolífera estatal brasileira, Petrobras anunciou esta terça-feira uma nova política de preços de combustíveis sem a paridade do petróleo com o dólar e os preços do mercado internacional.

Numa nota enviada ao mercado, a Petrobras indicou que “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o impacto nos preços domésticos da volatilidade temporária dos preços internacionais e da taxa de câmbio”.

A empresa também explicou, sem dar muitos detalhes, que a nova estratégia de preços usará como referências de mercado “o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras”.

“O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia, entre elas produção, importação e exportação do referido produto e ou dos petróleos utilizados no refino [refinação]”, acrescentou no comunicado.

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A mudança na política tarifária da Petrobras foi uma promessa da campanha eleitoral de 2022 do atual Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, de baixar o preço do combustível sem precisar de cortar impostos regionais como fez o Governo anterior.

A atual lei que fixa os preços da gasolina e do gasóleo estava em vigor desde 2016.

Aos acionistas, a Petrobras destacou apenas que a sua nova estratégia comercial tem como premissa preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes.

“Essa estratégia permite à Petrobras competir de forma mais eficiente, levando em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável”, lê-se no comunicado.

“Com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, valendo-se das suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”, acrescentou o mesmo documento.

No entanto, a fórmula do novo cálculo que será realizado pela estatal brasileira, que é controlada pelo Governo, mas tem ações no mercado, ainda não foi divulgada pela estatal.

“A precificação competitiva mantém um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico, sob a premissa de manutenção da sustentabilidade financeira da companhia. A Petrobras reforça a seu compromisso com a geração de valor e com a sua sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado”, concluiu a companhia.