Até se podia dizer que o contexto internacional ajudou o FC Porto a conquistar a Liga dos Campeões de hóquei em patins. No entanto, a competição europeia que os dragões venceram tem muito pouco de ‘internacional’. A final eight foi jogada em Viana do Castelo com seis equipas portuguesas. Inclusivamente, os azuis e brancos eliminaram este mesmo Benfica que voltavam a defrontar, desta vez no Pavilhão da Luz para o jogo 1 das meias-finais do play-off do campeonato nacional.

A vitória na Liga dos Campeões foi um parênteses na época dos dragões que, ao nível do campeonato, fecharam a fase regular no quarto lugar. “Esta época, à primeira vista, não estava a correr tão bem. Não terminámos a primeira fase do campeonato na posição que ambicionávamos e não conseguimos conquistar a Taça de Portugal. Ainda assim, isso nunca colocou em causa a confiança do clube numa secção exemplar. Por isso, quando já nos davam como mortos, derrotámos os favoritos Benfica e Barcelona e disputámos a final da Liga dos Campeões com o Valongo”, analisou, na revista do clube, Pinto da Costa, que descreveu a conquista do hóquei em patins portista como “uma taça especial”.

O melhor dia entre a bipolaridade: FC Porto vence Benfica e está nas meias-finais da Champions

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Depois de o FC Porto ter batido a Oliveirense (2-1 em jogos) e depois de o Benfica ter deixado pelo caminho o HC Braga (2-0), estava tudo alinhado para houvesse clássico nas meias-finais do campeonato, que servia de desforra às águias. Os encarnados tinham o fator casa na eliminatória à melhor de cinco jogos, aspeto que não era desconsiderado pelo FC Porto. “Vai ser uma eliminatória totalmente diferente, mas vamos lá para ganhar já o primeiro jogo. Não vamos ter a vantagem ‘casa’ se formos ao quinto jogo, mas o objetivo é ganhar já este primeiro jogo”, lançou o portista Carlo Di Benedetto.

O treinador do Benfica, Nuno Resende, desvalorizou a vantagem. “Independentemente de termos o fator casa ou de jogarmos no terreno adversário, temos de ter a capacidade de estar bem, de estarmos ativos, inspirados e de termos a atitude correta, sem momentos de relaxamento e falta de concentração, que nesta fase são cruciais. Esperar que os jogadores estejam tranquilos, inspirados, num jogo coletivo, potenciando a características individuais de cada um”.

O FC Porto demonstrou que voltou ao modo campeonato quando o Benfica marcou um golo logo aos três minutos por intermédio de Nil Roca, que roubou a bola a Gonçalo Alves. Até ao intervalo, os encarnados viriam mesmo a alcançar os 3-0. Lucas Ordoñez e Roberto Di Benedetto deixavam as águias numa posição confortável para se colocarem em vantagem na eliminatória. A segunda parte confirmou o domínio encarnado. Nil Roca e Pablo Álvarez alargaram para 5-0 0 resultado final.

O Benfica sonha com o título que não vence desde 2016, embora os encarnados apenas tenham dado um pequeno passo rumo final. A equipa da Luz tem que vencer mais dois jogos frente ao FC Porto para seguir em frente. O próximo clássico disputa-se esta quarta-feira no Dragão Arena.

Na outra meia-final, o Sporting levou a melhor contra o OC Barcelos. Os leões venceram por 6-5 no Pavilhão João Rocha.