Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia.
Numa troca de prisioneiros com a Rússia, vão regressar a casa 106 soldados ucranianos capturados em Bakhmut — destes, 8 são oficiais e 98 são soldados e sargentos, anunciou Kiev esta quinta-feira. Ainda na mesma cidade, epicentro da guerra nos últimos meses, o grupo Wagner declarou a retirada dos seus militares, que vão ser substituídos por soldados do exército russo.
Neste que é o 456.º dia de guerra, Kiev voltou a negar o envolvimento no ataque com drone ao Kremlin do mês passado, desvalorizando os resultados de dois relatórios realizados pelos Estados Unidos que apontam na direção da Ucrânia e cujos resultados foram divulgados na quarta-feira.
Esta quinta-feira começou ainda a transferência de armas nucleares táticas de Moscovo para a Bielorrússia. A informação foi dada pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko que, à agência estatal russa Tass, explicou que Vladimir Putin assinou um decreto relativo à “ação conjunta” dos dois países.
Eis um resumo dos outros acontecimentos que marcam esta quarta-feira:
O que se passou durante o final da tarde e a noite?
- A Finlândia comprometeu-se a fornecer mais material militar para a Ucrânia. Segundo o jornal britânico The Guardian, Helsínquia deverá enviar mais 109 milhões de euros em armamento e munições;
- Moscovo disse que dois bombardeiros estratégicos norte-americanos foram escoltadas para longe da fronteira russa ao largo do Mar Báltico;
- As forças ucranianas terão abatido dois aviões militares russos na região de Zaporíjia. A informação veio do próprio Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sua habitual comunicação noturna ao país;
- O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros convocou esta quinta-feira os embaixadores da Dinamarca, Suécia e Alemanha para responderem pelo que Moscovo diz ser a “completa falta de resultados” da investigação dos países ao ataque ao gasoduto Nord Stream, em setembro;
- O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse esta quinta-feira esperar que o treino de pilotos ucranianos em caças F-16 de fabrico norte-americano comece nas próximas semanas;
- Os EUA estão a preparar um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 300 milhões de dólares (cerca de 280 milhões de euros);
- O Corpo de Voluntários da Rússia, um dos dois grupos de combatentes apoiados por Kyiv que realizaram uma incursão em território russo na segunda-feira, anunciou hoje que voltou a entrar na região de Belgorod;
- A Ucrânia anunciou a sua intenção de abrir mais embaixadas em África ainda este ano, à margem do anúncio por parte de Kiev de que tenciona organizar uma cimeira histórica com vários líderes do continente.
O que se passou durante a manhã e início da tarde?
- O grupo Wagner confirmou que as suas unidades militares começaram a sair de Bakhmut, cedendo posições ao exército russo;
- Aleksandr Lukashenko, presidente da Bielorrússia, afirmou que está preparado para uma possível invasão do território bielorrusso. “Há muito tempo que o sabemos e estamos a preparar-nos para isso”;
- A força aérea norte-americana prevê que o treino de militares ucranianos para pilotarem caças de quarta geração deverá levar quatro a seis meses;
- O Conselho Europeu renovou até junho de 2024 a suspensão de todos os encargos alfandegários, quotas e mecanismos para proteger o comércio europeu nas exportações da Ucrânia para a União Europeia;
- O Japão mobilizou caças depois de avistar aviões militares russos a sobrevoarem o Pacífico e o Mar do Japão;
- Professores da Faculdade de Letras de Coimbra criticaram a demissão do professor russo Vladimir Pliassov, que foi acusado de “propaganda russa” por dois ativistas ucranianos;
- Mykhailo Podolyak voltou a negar o envolvimento da Ucrânia no ataque com drone ao Kremlin, contrariando as conclusões de dois relatórios publicados pelos Estados Unidos;
- A Rússia lançou um ataque com 36 drones iranianos durante a noite, atingindo as reuniões da Crimeia e de Kiev. A Ucrânia diz que abateu 35 aparelhos aéreos não tripulados.
