Numa medida que está a levantar polémica, um colégio da Universidade de Oxford anunciou que estudantes apanhados a ter práticas transfóbicas para com colegas transgénero poderão ser expulsos.

A medida faz parte de uma campanha de inclusão lançada pelo Regent’s Park College, que anunciou a adoção de uma “mensagem trans inclusiva” com penas severas para quem não a cumprir.

As novas diretrizes estipulam que “comportamentos discriminatórios, incluindo assédio ou bullying transfóbico, serão levados extremamente a sério e podem constituir motivo para ação disciplinar“.

Entre os comportamentos discriminatórios em questão estão “o uso incorreto de títulos, pronomes ou nomes para se referir a uma pessoa trans [uma prática conhecida como deadnaming], especialmente quando tal cause transtorno” à vítima. Além disso, os estudantes não devem “fazer questões pessoais indesejadas”, “fazer piadas sobre pessoas trans ou o seu estatuto como trans”, ou “negar ou colocar em causa a validade e/ou existência da identidade trans de uma pessoa”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Estudantes que se comprovem estar a violar as novas políticas podem ser “expulsos ou demitidos”, de acordo com o comunicado, citado pelo Daily Telegraph.

Alunos de faculdade de Oxford geram polémica após removerem fotografia da rainha de sala comum

Regent’s Park, um pequeno colégio de Oxford onde já estudou a afilhada da princesa Diana, Alexandra Knatchbull, é a primeira unidade de ensino a reconhecer a identidade género como uma característica protegida da identidade pessoal e a adotar medidas concretas sobre o assunto.

A política do colégio é de olhar para a mudança de género como um processo que não é “exclusivamente médico”, mas que contempla também dimensões pessoais. “Indivíduos que possam exibir características protegidas de realinhamento de género (mesmo que incorretamente) poderão na mesma beneficiar destas proteções”.

A notícia surge semanas depois de uma polémica na universidade, quando um debate que contou com a presença de Kathleen Stock, uma professora universitária com opiniões críticas sobre a identidade de género, foi interrompida por um ativista trans, que se colou ao chão da sociedade União de Oxford antes de ser escoltado pela polícia para fora da sala de debate.