A primeira-dama norte-americana, Jill Biden, disse, esta segunda-feira em Lisboa, que a “arte é conexão” num mundo em que toda a gente “anda de um lado para o outro”. “A arte alimenta os nossos espíritos quando temos fome por mais. Mostra as nossas dores e alegrias. Mostra que não estamos sozinhos e que pode haver beleza em todos os momentos.”

Em Portugal para participar no programa do 60.º aniversário do “Art In Embassies” promovido pela embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Lisboa, a primeira-dama enalteceu o papel da arte na diplomacia. “A arte é a evidência da Humanidade, mesmo quando é fácil ficar perdido nas diferenças. A arte ajuda-nos.”

No auditório do campus da Universidade Católica em Lisboa, a mulher de Joe Biden sublinhou que a diplomacia serve para “conectar pessoas”, assim como a arte. “A diplomacia não é apenas uma relação entre governos, é de pessoas para pessoas, coração para coração”, enfatizou Jill Biden, lembrando as palavras do marido. Ora, a iniciativa é capaz de criar um “terreno comum” entre dois campos que aparentemente não estão próximos. 

“A diplomacia, a justiça e liberdade. Essas coisas estão vivas. Respiram”, constatou a primeira-dama norte-americana, que agradeceu ainda o empenho da embaixadora  dos Estados Unidos da América em Portugal, Randi Charno Levine, na iniciativa.

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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

A diretora da iniciativa “Art In Embassies”, que conta com várias exposições e várias conferências em Lisboa, Megan Beyer, destacou, no mesmo evento, a importância da iniciativa, que visa a divulgação de valores como a liberdade, assim como o respeito pela democracia, que está a “enfrentar imensos desafios”.

Indicando que a exposição tem como objetivo mostrar o melhor da arte norte-americana e portuguesa, Megan Beyer especificou que a cultura dos Estados Unidos é um “caldeirão” e que consubstancia “uma tradição de migrações, que é a alma da América”. “Os artistas transmitem e fazem sentir os valores que a diplomacia tenta divulgar”, vincou a diretora da iniciativa.

Por sua vez, a embaixadora dos Estados Unidos da América em Portugal elogiou as relações entre Lisboa e Washington, assim como a iniciativa que escolheu Lisboa para se instalar, uma cidade “vibrante” e um sítio de eleições para “muitos turistas norte-americanos”. “Para mim, a democracia é representação. Estamos mais fortes quando as nossas vozes são ouvidas”, frisou a diplomata, acrescentando que a arte é um meio para que essa mensagem seja transmitida.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR