O Banco de Inglaterra surpreendeu os analistas, esta quinta-feira, com um aumento de 50 pontos-base nas taxas de juro – para 5%, nível mais elevado dos últimos 15 anos. A decisão foi surpreendente, já que os analistas admitiam uma subida de apenas metade (25 pontos), mas o banco central justifica a mexida com a “persistência” da inflação – que pode obrigar a mais aumentos.

O comunicado oficial do Banco de Inglaterra indica que há dados e notícias “significativos” que apontam para um cenário em que a inflação irá demorar mais do que o previsto a corrigir para o objetivo de 2%. Numa altura em que alguns bancos centrais parecem estar a desacelerar na subida de juros, ou mesmo a pausar (como a Reserva Federal dos EUA), o Banco de Inglaterra avança com um aumento das taxas de juro que é o mais forte desde fevereiro.

A última leitura sobre a inflação no Reino Unido saiu mais gravosa do que se previa, com o índice de preços no consumidor a fixar-se em 8,7% em maio (mais de quatro vezes o objetivo). Esta foi a 13ª subida da taxa de juro consecutiva, no Reino Unido.

O banco central optou por recorrer a esta medida após os dados dececionantes de quarta-feira – piores do que os previstos pelos analistas – da inflação homóloga neste país, que se manteve inalterada em maio, em 8,7%, o mesmo que em abril, mas ainda em níveis “historicamente elevados”, segundo a agência de estatística nacional britânica (ONS, Office for National Statistics).

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