O recém-criado conselho empresarial suíço quer atrair mais investidores para o país lusófono e aumentar o conhecimento recíproco contribuindo para a economia dos dois países, disse o responsável da entidade.

Em declarações à Lusa, Carlos Magalhães, presidente do Swiss Business Council (SBC), lançado em Luanda, na semana passada, assinalou que Angola é um país seguro para investir e que está em grande crescimento com inúmeras oportunidades de negócio, agricultura, pescas, comércio, saúde, educação, tecnologias, construção civil, energia e minas.

“Temos o executivo a tentar melhorar a parte administrativa política e económica no país para proporcionar ambiente mais favorável para o negócio”, sublinhou.

Em Angola existem atualmente 19 empresas suíças ativas e a balança comercial apresentou em 2022 um saldo positivo para Angola com as exportações da Suíça para Angola a valerem 8,31 milhões de francos suíços, (8,4 milhões de euros) enquanto as importações suíças valeram 17,56 milhões de francos suíços (17,8 milhões de euros).

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Carlos Magalhães afirmou que a Suíça tem “know how” em vários setores fortes como serviços financeiros, seguros, consultoria, turismo e comércio, que Angola pode aproveitar, admitindo que será mais difícil “convidar” indústrias de alta tecnologia e precisão para Angola, por falta de mão de obra especializada.

“Mas temos agricultura, também um ponto forte, e o turismo, já que Angola oferece uma costa enorme, há muito potencial para aumentar o turismo. Queremos olhar para esses pontos e atrair investidores suíços que queiram vir para Angola e empresários angolanos que tenham interesse em fazer negócio com a Suíça e que nós possamos apoiar”, disse o empresário.

“Somos uma câmara de comércio com objetivo de conectar, fazer eventos com regularidade. O maior desafio vai ser explicar na Suíça que encontram em Angola um país estável para se fazer negócio, que é diferente do que tínhamos há uns anos e que os empresários suíços podem olhar para Angola de maneira diferente”, afirmou.

Salientou, por outro lado, que “a Suíça não tem só bancos e tem muito mais para oferecer”, pelo que se pretende melhorar o conhecimento recíproco para ajudar a economia dos dois países. Entre as empresas fundadoras do SBC estão multinacionais como a Sika, MSC, Nestlé, Trafigura, Jembas, Natco e Transorga.