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Numa entrevista divulgada este domingo pela televisão estatal russa, mas gravada vários dias antes do início da rebelião do grupo Wagner rumo a Moscovo, Vladimir Putin reforçou o seu compromisso com a “operação militar especial” (nome que utiliza para designar a guerra na Ucrânia) e garantiu estar em “contacto permanente” com o Ministério da Defesa.

“Começo e termino o meu dia” com assuntos relacionados com o conflito, disse o Presidente da Rússia, acrescentando que se sente “confiante” e que o país está em “posição de implementar todos os planos e tarefas” que tem pela frente. “Isto aplica-se à defesa, aplica-se à operação militar especial, aplica-se à economia como um todo e às suas áreas individuais”, afirmou, em declarações feitas a Pavel Zarubin, correspondente do Kremlin, para o canal Rossiya 1.

Segundo a agência Reuters, Vladimir Putin salientou que é “fundamental” dispensar muito do seu tempo à guerra na Ucrânia, que tem a sua “atenção prioritária”, e indicou que “ultimamente” tem ficado “acordado até tarde”. Na entrevista gravada no dia 21 de junho, quando ainda não existiriam sinais da rebelião de Prigozhin, disse estar “sempre, sempre em contacto” com o Ministério da Defesa russo, nomeadamente através da realização de várias reuniões.

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Ao mesmo tempo, sublinhou a importância de aumentar o ritmo e o volume de produção no setor da Defesa, mas afirmou que isso não deve colocar pressão na economia. “Os nossos esforços para aumentar a capacidade de defesa não devem prejudicar o principal. E o principal é o alicerce. E o alicerce é a economia”, vincou o Presidente russo, citado pela agência RIA.

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