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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a expulsão do embaixador da Geórgia em Kiev, em protesto contra o estado de saúde do ex-líder georgiano Mikheil Saakashvili, também cidadão ucraniano, que apareceu debilitado no seu julgamento em Tbilissi.

“Pedi hoje ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para convocar o embaixador da Geórgia, notificá-lo do nosso protesto e pedir-lhe que deixe a Ucrânia dentro de 48 horas para consultas na sua capital”, escreveu Zelensky na plataforma Telegram. O ex-Presidente da Geórgia Mikhail Saakashvili, preso desde 2021, reapareceu esta segunda-feira em julgamento por videoconferência e causou preocupação devido à deterioração da sua aparência física.

“A Geórgia continua a torturar lenta e cinicamente o seu ex-Presidente Mikhail Saakashvili”, escreveu, por sua vez, o conselheiro presidencial ucraniano, Mikhailo Podoliak, na rede social Twitter.

De acordo com Podoliak, Tbilissi está a fechar as suas perspetivas de adesão europeia com este tipo de tratamento para com Saakashvili, que surgiu abatido e pálido esta segunda-feira. “É um suicídio histórico incrível”, afirmou. Presidente entre 2004 e 2013, Saakashvili está preso na Geórgia, acusado por corrupção e abuso de poder. Foi julgado e condenado à revelia em 2018 e preso em 2021 após regressar da Ucrânia, onde se tornou governador de Odessa (sul), para o seu país.

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O seu estado de saúde piorou devido ao cumprimento de repetidas greves de fome. Além disso, o ex-Presidente afirma ter sido envenenado. Antes de entrar na prisão, Saakashvili, que tem 1,95 m de altura, pesava 116 quilos. Em fevereiro deste ano, o seu peso já era de 67 quilos e vem caindo desde então, segundo a descrição da agência espanhola EFE.

Zelensky admite dias difíceis mas reclama avanços

Ao mesmo tempo, Zurab Chajidze, diretor da clínica Tifli, onde Saakashvili está internado desde maio de 2022, afirmou em junho que o paciente começou a cumprir algumas das recomendações médicas. Zurab Chajidze disse que o ex-Presidente poderá recuperar se não se opuser ao tratamento que lhe foi oferecido.

No final de maio, a Justiça georgiana informou que o Tribunal Europeu de Direitos Humanos rejeitou o pedido do político de viajar para Varsóvia para tratamento e não impôs às autoridades a obrigação de transferi-lo para outro centro médico na Geórgia.