A Câmara de Lisboa reforçou nesta quarta-feira o financiamento das refeições escolares para os estabelecimentos de ensino da rede pública, com mais 4,5 milhões de euros, totalizando cerca de 30 milhões, até ao final do ano letivo de 2025.

Em reunião privada do executivo municipal, a proposta apresentada pela vereadora da Educação, Sofia Athayde (CDS-PP), foi viabilizada com os votos contra do PCP, a abstenção do BE e os votos a favor dos restantes, nomedamente PSD/CDS-PP, PS, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

Em comunicado, a vereadora Sofia Athayde assegurou que “a Câmara Municipal de Lisboa (CML) está e vai estar sempre presente no apoio às famílias de Lisboa”.

Estamos muito atentos aos impactos do aumento do custo de vida na alimentação das nossas crianças. Por isso, estamos a garantir na CML um conjunto de apoios sociais, entre eles este reforço de verbas para as refeições escolares, que vai servir precisamente para garantir a alimentação das nossas crianças, acompanhando as necessidades das famílias e encarregados de educação num momento de grandes dificuldades económicas resultantes do aumento da inflação e das taxas de juro”, declarou a autarca do CDS-PP.

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De acordo com a CML, neste ano letivo 2022/2023 verificou-se um acréscimo na procura de refeições nos jardins de infância e nas escolas da rede pública do município de cerca de 20%, face ao que estava inicialmente estimado. “Entre as causas deste aumento estão a deterioração das condições económicas (aumento da taxa de inflação e das taxas de juro) e o fim do contexto pandémico”, apontou o município.

Ao longo deste ano letivo, registou-se um acréscimo médio diário estimado de 3.643 refeições no 1º ciclo e jardins de infância e de 1.861 refeições no 2º e 3º ciclos de ensino e no secundário, para “um total global estimado de 29.090 refeições diárias, onde se incluem pequenos-almoços e lanches”.

Além do aumento no número de refeições escolares servidas, acresce a atualização dos preços resultante da aplicação da taxa de inflação de 8,64%, publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em abril, informou a câmara.