O caso que opõe Corinna Larsen a Juan Carlos I teve esta terça-feira desenvolvimentos. A mulher que manteve uma relação com o Rei emérito de Espanha juntou-se às equipas de ambos os lados numa primeira sessão preliminar no tribunal, em Londres. A novidade desta sessão foi a quantia exigida pela queixosa, 126 milhões de libras (aproximadamente 146 milhões de euros) por danos psicológicos sofridos. Os advogados do Rei emérito, por seu lado, pedem que o caso seja rejeitado, argumentando que “não tem possibilidades reais de prosseguir”, segundo cita o El País.

O processo está numa fase inicial e esta terça-feira o dia foi dedicado à defesa do Rei emérito, segundo acordo entre ambos os lados e a juíza Rowena Collins Rice. A justiça britânica já reconheceu a imunidade de Juan Carlos durante o tempo em que foi Rei, ou seja até à sua abdicação a 19 de junho de 2014. Por isso a equipa do ex-monarca tentou desmontar várias alegações antes do caso começar a ser julgado. Por um lado, as acusações de Corinna não encaixam na definição de assédio da lei britânica e, por outro, porque o relato da denúncia carece de provas, além de ter sido alterado mais do que uma vez nos últimos anos, explica o jornal espanhol.

Corinna Larsen acusa Juan Carlos de assédio, que terá ocorrido desde 2012, e vigilância ilegal. A alegação foi feita pela equipa jurídica da ex-amante do atual rei emérito de Espanha em dezembro de 2020 em Londres, onde Larsen reside. O ex-monarca terá doado a Corinna uma quantia de cerca de 65 milhões de euros em 2012 através da Fundação Lucum, no Panamá. Contudo quando a relação entre ambos acabou, na sequência da caçada de elefantes que expôs o então Rei de Espanha, quis a devolução do dinheiro, mas a ex-amante recusou-se, o que terá levado Juan Carlos a difamá-la, segundo a queixosa.

Ex-amante processa Juan Carlos I em caso de assédio. Corinna alega que rei emérito mandou espiá-la

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