O atual chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, comemorou este domingo os resultados do PSOE nas eleições gerais, afirmando que aqueles que desejavam o retrocesso do país fracassaram. “Somos muitos mais os que queremos que Espanha continue a avançar”, sublinhou a partir da sede dos socialistas, em Madrid, descrevendo os eleitores como os “verdadeiros protagonistas”.

“Espanha falou de forma clara e retumbante. O bloco do retrocesso e que propunha a revogação dos progressos dos últimos quatro anos fracassou“, afirmou, celebrando ao lado da esposa, Begoña Gómez, a vice-secretária-geral dos socialistas, María Jesús Montero, a presidente do PSOE, Cristina Narbona, e o secretário da organização socialista, Santos Cerdán.

O partido socialista obteve um resultado melhor do que as projeções sugeriam. Alcançou esta noite 32% dos votos — quatro pontos percentuais a mais do que nas eleições de 2019 –, o que se traduz em 122 assentos no Congresso, mais dois do que há quatro anos.

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Destacando os resultados da noite de domingo como uma prova da “grande democracia” espanhola, Pedro Sánzhez voltou a defender que convocou eleições antecipadas para permitir aos espanhóis escolherem o futuro que queriam, isto depois da  derrocada do PSOE nas eleições municipais e regionais. “Há algumas semanas, no dia 29 de maio, convoquei as eleições porque acreditava que como sociedade tínhamos um rumo a seguir: para frente ou para trás, como propõem o PP e o Vox”.

Com a totalidade dos votos contados ao início da madrugada, os resultados davam uma vitória clara ao PP, ainda que sem conseguir formar uma maioria absoluta com o Vox. Apesar de terem conseguido, respetivamente, 136 e 33 lugares, Sánzhez sublinhou que as duas forças políticas saíram derrotadas da noite eleitoral, a poucos votos de garantir a maioria. No entanto, também o PSOE se viu impedido de garantir com o Sumar, de Yolanda Diáz, os 176 lugares do Congresso necessários para esse desfecho.

O PP e o Vox saíram derrotados porque somos muito mais os que queremos que a Espanha continue a avançar”.

100% dos votos contados. Como fica o Congresso espanhol? O que muda em relação a 2019?

Sánchez sobreviveu à noite eleitoral e não dá provas de querer baixar os braços. Abre-se agora a partir desta segunda-feira um novo capítulo, com uma fase de negociações que se antecipam difíceis entre as várias forças política. Na esperança de formar uma maioria, o PSOE terá de dialogar desde já com o Sumar, mas também com partidos como a Esquerda Republicana da Catalunha, o Partido Nacionalista Basco, o Bildu, o Bloco Nacionalista Galego e o Junts.