O atual chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, comemorou este domingo os resultados do PSOE nas eleições gerais, afirmando que aqueles que desejavam o retrocesso do país fracassaram. “Somos muitos mais os que queremos que Espanha continue a avançar”, sublinhou a partir da sede dos socialistas, em Madrid, descrevendo os eleitores como os “verdadeiros protagonistas”.
“Espanha falou de forma clara e retumbante. O bloco do retrocesso e que propunha a revogação dos progressos dos últimos quatro anos fracassou“, afirmou, celebrando ao lado da esposa, Begoña Gómez, a vice-secretária-geral dos socialistas, María Jesús Montero, a presidente do PSOE, Cristina Narbona, e o secretário da organização socialista, Santos Cerdán.
España ha sido meridiana y rotundamente clara.
El bloque involucionista, de retroceso, que planteaba la derogación de los avances logrados estos cuatro años ha fracasado.
Somos muchos más los que queremos que España siga avanzando.
Muchas gracias a todos y a todas. pic.twitter.com/3ztlnGHAyo
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) July 23, 2023
O partido socialista obteve um resultado melhor do que as projeções sugeriam. Alcançou esta noite 32% dos votos — quatro pontos percentuais a mais do que nas eleições de 2019 –, o que se traduz em 122 assentos no Congresso, mais dois do que há quatro anos.
Destacando os resultados da noite de domingo como uma prova da “grande democracia” espanhola, Pedro Sánzhez voltou a defender que convocou eleições antecipadas para permitir aos espanhóis escolherem o futuro que queriam, isto depois da derrocada do PSOE nas eleições municipais e regionais. “Há algumas semanas, no dia 29 de maio, convoquei as eleições porque acreditava que como sociedade tínhamos um rumo a seguir: para frente ou para trás, como propõem o PP e o Vox”.
Com a totalidade dos votos contados ao início da madrugada, os resultados davam uma vitória clara ao PP, ainda que sem conseguir formar uma maioria absoluta com o Vox. Apesar de terem conseguido, respetivamente, 136 e 33 lugares, Sánzhez sublinhou que as duas forças políticas saíram derrotadas da noite eleitoral, a poucos votos de garantir a maioria. No entanto, também o PSOE se viu impedido de garantir com o Sumar, de Yolanda Diáz, os 176 lugares do Congresso necessários para esse desfecho.
O PP e o Vox saíram derrotados porque somos muito mais os que queremos que a Espanha continue a avançar”.
100% dos votos contados. Como fica o Congresso espanhol? O que muda em relação a 2019?
Sánchez sobreviveu à noite eleitoral e não dá provas de querer baixar os braços. Abre-se agora a partir desta segunda-feira um novo capítulo, com uma fase de negociações que se antecipam difíceis entre as várias forças política. Na esperança de formar uma maioria, o PSOE terá de dialogar desde já com o Sumar, mas também com partidos como a Esquerda Republicana da Catalunha, o Partido Nacionalista Basco, o Bildu, o Bloco Nacionalista Galego e o Junts.