Acompanhe aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia.

Durante a madrugada de sexta-feira, um segundo ataque ucraniano com um drone marítimo atingiu uma embarcação russa, desta vez um navio-tanque “Sig”, começou por informar a Tass, agência estatal russa.

O navio, descrito como uma das mais “poderosas” embarcações petrolíferas da Rússia, foi atingido no Mar Negro, a 27 quilómetros ao sul da ponte Kerch, que une a Crimeia e a Rússia, detalha a Sky News. De acordo com a Agência Federal de Transporte Marítimo Fluvial russo, através do Telegram, a casa de máquinas da embarcação foi danificada. De acordo com a RIA, estavam 11 pessoas na embarcação, não tendo sido registadas quaisquer vítimas. “O trabalho de resgate no navio-tanque foi concluído à noite, os trabalhos de reparo e restauração estão em andamento”, afirmou a agência estatal russa.

Moscovo acusou Ucrânia de atacar base naval russa com drones marítimos. O que são e para que podem ser utilizados?

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A nova investida surge depois de um outro drone marítimo, embarcações não tripuladas capazes de funcionar sobre ou debaixo de água, na manhã de sexta-feira, ter atingido um navio de guerra russo, o Olenegorsky Gornyak, que ficou danificado na base naval do porto de Novorossiysk, no Mar Negro, informou o ministério da Defesa russo.

Na rede social X (anteriormente, Twitter), o Kyiv Post mostra várias imagens do navio. Com um peso total de cinco mil toneladas, foi construído em 2014, é propriedade da Transpetrochart, empresa com sede em São Petersburgo. A embarcação esteve, em 2019, na origem de sanções dos Estados Unidos por fornecer combustível de aviação à Síria.

Fonte anónima do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) confirmou, na manhã deste sábado, que foi Kiev o responsável  pelo ataque marítimo: “Durante a noite [de sexta-feira], o SBU explodiu o ‘Sig’, um grande petroleiro da Federação Russa”. A embarcação, detalhou em declarações à AFP, “transportava combustível para as tropas russas”, cita o The Guardian.

A “operação especial” foi “bem sucedida”, acrescentou a Ucrânia, que detalha que o ataque envolveu um “drone naval e explosivos”. A ação, indica, foi realizada em conjunto com a Marinha.

Vasyl Maliuk, chefe do SUB, descreveu os ataques, resultantes do esforço conjunto deste serviço com a marinha ucraniana, como “absolutamente lógicos” e “completamente legais“.

“Qualquer (explosão) que aconteça aos navios russos ou à ponte da Crimeia é um passo absolutamente lógico e eficaz em relação ao inimigo”, disse Maliuk, citado pelo The Kyiv Independent. “Além disso, essas operações especiais são conduzidas nas águas territoriais da Ucrânia e são totalmente legais”.

Para que estes ataques terminem, a Rússia deverá abandonar as águas do território ucraniano, assim como o país, invadido em março de 2022.

Na sexta-feira, a Defesa russa detalhou que 13 drones ucranianos foram abatidos na Crimeia, território ucraniano anexado pela Rússia em 2014. Foram ainda destruídos dois drones de superfície não tripulados num ataque ao porto naval em Novorossiysk, na Rússia.