O Presidente do Brasil, Lula da Silva, parece indiferente ao mandado de captura internacional emitido pelo Tribunal Internacional Penal (TPI), cujos estatutos Brasília prometeu respeitar, emitido em nome de Vladimir Putin. Numa entrevista ao canal indiano First Post, o Chefe de Estado brasileiro garantiu que, se o líder russo for à cimeira do G20 no Rio de Janeiro, não será detido.

“Eu acho que Putin pode ir tranquilamente para o Brasil. Eu digo que, se eu for o presidente do Brasil e ele for ao Brasil, não há por que [motivo] ele ser preso”, afirmou Lula da Silva, que chegou mesmo a dizer que tentar prender Vladimir Putin em território brasileiro é “desrespeitar o Brasil”. “Ninguém vai desrespeitar o Brasil. É preciso as pessoas levarem isso muito a sério.”

Adicionalmente, durante a mesma entrevista, Lula da Silva assinalou que quer juntar o líder russo e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas. (ONU). “Esse é o lugar para tentar discutir a paz. É o sítio indicado para trazer Putin e Zelensky para a mesa das negociações, porque ninguém quer a guerra. Todos são contra a guerra. Queremos a paz”, afirmou o Presidente brasileiro.

Por isso, sublinhou Lula da Silva, é necessário “estabelecer” canais de comunicação para que se possa convencer Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky “que a guerra não é solução para nada” e que o diálogo e a diplomacia “podem ajudar muito mais”.

Sobre a posição do Brasil relativamente ao conflito, Lula da Silva garantiu que o país “não quer participar nos esforços de guerra”. “O Brasil quer participar nos esforços de paz”, ressalvou o Chefe de Estado brasileiro. “Queremos tentar negociar tal como a Índia e como a China. Muitos países pensam como o Brasil”, assegurou.

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