Por aquilo que conhece do processo, o ministro das Finanças não acredita que a ex-presidente da TAP, Christine Ourmières-Widener, tenha direito a receber a indemnização que reclama, de 5,9 milhões de euros.

Esta quarta-feira, após a reunião da concertação social, questionado sobre se o Governo está a tentar chegar a acordo com a ex-CEO da companhia aérea, Fernando Medina ressalvou que o conhecimento que tem do pedido formal que deu entrada no Juízo Central Cível de Lisboa é o que veio a público, mas frisa que “todos os cidadãos têm o direito de recorrer das decisões [com] que não concordam”. “É um direito legítimo”, acrescentou.

Medina reitera, porém, que o Governo está confiante com a decisão que tomou ao despedir Christine Ourmières-Widener — a evidência era tão “flagrante e forte”. “Vejo com naturalidade essa contestação, os tribunais se encarregarão de julgar”, afirmou.

Quer isto dizer que, em cima da mesa, está a possibilidade de entregar uma indemnização à ex-presidente da companhia aérea? “Na minha opinião não, e daquilo que conheço de todo o processo não vejo como”, declarou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na semana passada, a ex-CEO da TAP deu entrada com o processo contra a TAP em que reclama 5,9 milhões de euros, de acordo com o registo no Citius. Esta decisão já era expectável uma vez que considera irregular o despedimento, feito pelo Governo — aliás, pelo próprio ministro das Finanças, ao lado do ministro das Infraestruturas, João Galamba — na televisão, de que foi alvo. A gestora considerava ter direito a bónus pelo desempenho na TAP.

Christine Ourmières-Widener já deu entrada com processo contra TAP. Reclama 5,9 milhões