A passagem do furacão Otis pelo sul do México, na semana passada, provocou pelo menos 47 mortos e 56 desaparecidos, de acordo com atualização mais recente do Governo mexicano.

Devido à passagem do furacão, que atingiu a categoria 5 no Estado de Guerrero, onde se registou um novo máximo de intensidade de um ciclone no México, as operações de busca e o apuramento dos danos continuam, especialmente em Acapulco, a cidade mais afetada.

Segundo a Marinha mexicana, foram mobilizados quase 7.500 agentes de todas as forças, que só esta quinta-feira entregaram mais de 6.000 mantimentos e 53.000 garrafas de água.

Também esta quinta-feira, 394 passageiros foram retirados do Aeroporto Internacional de Acapulco para a Cidade do México, em três voos comerciais.

A mesma fonte detalhou ainda que, segundo a Comissão Federal de Energia Elétrica (CFE), mais de 90% da energia do Estado já foi restaurada, enquanto a Comissão Nacional de Águas (Conagua) distribuiu um total de 1,8 milhões de litros de água.

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“Continuam os trabalhos de limpeza de ruas e desassoreamento [extração de lama] das redes de drenagem e fossas”, adiantou a Conagua, sendo que a rede telefónica da empresa Telmex foi totalmente restaurada.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros mexicano revelou que estão em tramitação seis pedidos de localização de estrangeiros.

Os trabalhos decorrem após a promessa do Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, de “colocar Acapulco de pé” até ao Natal.

Organizações empresariais alertaram, no entanto, que a reconstrução do porto levará dois anos e terá um custo de até 17.000 milhões de dólares.

Na quarta-feira, o Presidente mexicano apresentou um plano de 20 pontos e estimou o custo das reparações e apoio social no Estado de Guerrero, em mais de 3.510 milhões de dólares.

O Governo mexicano emitiu esta quinta-feira uma declaração de calamidade para 47 dos 84 municípios de Guerrero, onde Acapulco e Coyuca de Benítez se destacam como os mais afetados, bem como Chilpancingo, capital do Estado.