O Manchester United está a arder. Nas últimas semanas, a equipa de Erik ten Hag perdeu o dérbi de Manchester com o City, foi eliminado da Taça da Liga pelo Newcastle e venceu o Fulham com um golo dramático nos descontos, estando já a nove pontos da liderança dos citizens na Premier League. Pelo meio, com capítulos quase diários, existe tudo o resto.

Logo à partida, Jadon Sancho. O internacional inglês continua afastado dos trabalhos da equipa principal depois de ter discutido com Ten Hag, deve sair em janeiro e já foi mesmo expulso do grupo de WhatsApp do plantel. Depois, Marcus Rashford. O avançado não está a ter um início de temporada positivo e nos últimos dias foi muito criticado por ter sido apanhado numa discoteca após a derrota com o Newcastle. Por fim, o próprio Erik ten Hag.

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A continuidade do treinador neerlandês continua em risco, com a imprensa inglesa a garantir que já estava desacreditado durante o verão e que só não saiu porque o clube está a atravessar um processo de mudança de proprietários. Zinédine Zidane foi associado à sucessão, assim como Rúben Amorim, mas Ten Hag mantém-se no cargo — e era nesse contexto que chegava esta quarta-feira à visita ao Copenhaga, estando praticamente obrigado a ganhar para continuar na corrida do apuramento para os oitavos de final.

Assim, na Dinamarca, o neerlandês lançava Højlund no ataque, apoiado por Bruno Fernandes, Alejandro Garnacho e Rashford e deixando Antony, Martial e Mason Mount no banco. Do outro lado, num Copenhaga que tinha apenas um ponto conquistado mas vinha de três vitórias consecutivas, Jacob Neestrup apostava em Claesson, Achouri e Elyounoussi no setor mais ofensivo, com Diogo Gonçalves a ser titular no meio-campo e o ex-Sporting Mateo Tanlongo a começar no banco.

O Manchester United abriu o marcador logo nos instantes iniciais, com Højlund a aparecer na pequena área a desviar uma assistência de McTominay na sequência de uma boa jogada coletiva (3′). Ten Hag foi forçado a realizar a primeira substituição ainda no primeiro quarto de hora, com o lesionado Jonny Evans a ser substituído por Varane, e Højlund bisou pouco depois no regresso ao clube onde realizou a formação. Contra-ataque rápido, Bruno Fernandes a soltar Garnacho na esquerda e o argentino a rematar para defesa incompleta de Grabara, com o avançado dinamarquês a surgir na recarga (28′).

A noite aparentemente simples dos ingleses tornou-se mais incompleta na última ponta da primeira parte, quando os red devils ficaram reduzidos a 10 elementos: numa jogada onde até tinha a bola controlada, Rashford pisou Jelert e o VAR alertou o árbitro da partida para a possibilidade de expulsão, com o avançado inglês a não conseguir escapar ao cartão vermelho direto.

Ainda antes do intervalo, Ankersen cruzou na direita, Diogo Gonçalves apareceu a amortecer ao segundo poste e Elyounoussi atirou de primeira para reduzir a desvantagem do Copenhaga (45′). Beneficiando dos 13 minutos de tempo de descontos, os dinamarqueses conseguiram mesmo empatar antes do intervalo: Harry Maguire tocou com a mão na bola na área do Manchester United, Diogo Gonçalves converteu a grande penalidade e juntou o golo à assistência (45+9′).

Ten Hag trocou Eriksen por Amrabat no início da segunda parte e os ingleses conseguiram desbloquear o nulo a pouco mais de 20 minutos do fim, com Lerager a intercetar uma bola com a mão na área do Copenhaga e o árbitro a assinalar penálti na sequência do alerta do VAR. Na conversão, Bruno Fernandes não desperdiçou (69′). Já dentro dos últimos 10 minutos, porém, os dinamarqueses repetiram a façanha: Falk cruzou na esquerda e Lerager, redimindo-se da grande penalidade, atirou para empatar o jogo (83′). No minuto seguinte, o Parken Stadium foi abaixo quando Bardghji aproveitou uma bola perdida na área para voltar a bater Onana (87′).

O Manchester United perdeu com o Copenhaga depois de ter estado a vencer em duas ocasiões, ocupando agora o último lugar de um Grupo A onde o Bayern Munique já está nos oitavos de final e dinamarqueses e Galatasaray têm ambos quatro pontos.