Seis anos depois de ter partido de férias para Espanha com a mãe e com o avô, Alex Batty, o jovem britânico que estava dado como desaparecido, regressou a casa. De sábado para domingo, segundo a imprensa britânica, o adolescente já dormiu no Reino Unido e está entregue, de novo, à guarda da sua avó. Depois de Alex, agora com 17 anos, ter sido encontrado sozinho nas montanhas da cidade de Revel, a leste de Toulouse, França, a avó Susan Caruana falou com o neto por vídeochamada. Agora, a moradora de Oldham, Greater Manchester, pede privacidade para a família.

As autoridades britânicas ainda não interrogaram Alex Batty, mas pretendem fazê-lo assim que for possível, já que há vários factos sobre o seu desaparecimento que ainda estão por apurar. Mediante o que for descoberto, as autoridades irão decidir em que contornos continua a investigação e se haverá, ou não, procedimentos criminais.

Alex desapareceu em Espanha aos 11 anos. Seis anos depois foi encontrado em França

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Segundo o gabinete da procuradoria de Toulouse, que deu uma conferência de imprensa na sexta-feira passada, Alex decidiu abandonar a mãe (que não tinha tutela parental), quando esta lhe comunicou que ia mudar-se para a Finlândia. A mãe e o avó do adolescente — que depois de o levarem para Espanha avisaram Susan Caruana de que não pretendiam voltar —, terão adotado um estilo de vida nómada.

A investigação decorre apenas no Reino Unido e não há, por isso, mandados internacionais para deter a mãe, Melannie Batty, ou o avô, David.

Autoridades acreditam que mãe de Alex Batty esteja na Finlândia e que avô tenha morrido “há seis meses”

No sábado à noite, Matt Boyle, da Polícia de Great Manchester, explicou aos jornalistas que Alex já tinha estado com um familiar no aeroporto de Toulouse, ainda antes de aterrar no Reino Unido. Apesar de ter sido escoltado pela polícia, os detetives ainda não interrogaram o adolescente. Irão fazê-lo a “um ritmo que seja confortável para ele” para determinar se é necessário prosseguir com uma investigação criminal.

“Ainda não estabelecemos todas as circunstâncias que rodeiam o seu desaparecimento, mas não importa o que aconteça, este pode ser um processo avassalador”, disse Matt Boyle na conferência de imprensa. “Ele pode ser seis anos mais velho do que quando desapareceu, mas ainda é um jovem.”

Para já, o foco das autoridades britânicas é apoiar Alex e a sua família e garantir que se mantêm seguros, tornando a sua reintegração na sociedade seja o mais fácil possível, sustentou Matt Boyle.