Pelo menos 24 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas em três explosões ocorridas, esta quarta-feira, no Paquistão, um dia antes das eleições gerais, junto a sedes eleitorais de candidatos, avança a Associated Press.

No ataque mais recente, ocorrido nas sedes do partido Jamiat Ulema-e-Islam, 10 pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas, confirmou à agência espanhola EFE o responsável policial regional Muahmmed Ramzan.

O edifício da sede do partido, localizado na cidade de Qilla Saifullah, “incendiou-se logo após a explosão”, acrescentou.

Outras cinco pessoas tinham ficado feridas numa outra explosão contra um veículo do partido oposicionista paquistanês Tehreek-e-Insaf (PTI), no distrito tribal do Waziristão do Sul.

Esta explosão tinha sido precedida de uma outra, em Pashin, distrito da província do Baluchistão, disse Jan Achakzai, porta-voz do governo provincial, na sede eleitoral de um candidato independente, que provocou pelo menos 14 mortos e mais de 20 feridos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Segundo o responsável, os feridos estão a ser transportados para um hospital próximo e a polícia informou que alguns estão em estado crítico.

Até ao momento, nenhum grupo ou organização insurgente assumiu a responsabilidade pelos ataques, que ocorreu um dia antes da realização das eleições parlamentares no Paquistão.

Reunião de emergência no Paquistão devido a violência eleitoral

O bombardeamento ocorreu apesar do destacamento de dezenas de milhares de forças policiais e paramilitares em todo o Paquistão para garantir a paz, após uma recente onda de ataques no país, especialmente na província do Baluchistão.

Esta província rica em gás, na fronteira do Afeganistão e do Irão, tem sido palco de uma insurreição levada a cabo por nacionalistas há mais de duas décadas.

Inicialmente, os nacionalistas reclamavam uma parte dos recursos da província, mas depois insurgiram-se pela independência. Os talibãs paquistaneses e outros grupos militantes também têm uma forte presença na província.

O anúncio das eleições levou a um aumento dos ataques contra candidatos eleitorais e funcionários da Comissão Eleitoral, especialmente nas províncias do Baluchistão e Khyber Pakhtunkhwa, com uma grande presença de movimentos insurgentes armados.