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O Provedor de Justiça da Ucrânia, Dmytro Lubinets, pediu esta terça-feira à ONU e à Cruz Vermelha internacional para investigarem o que diz terem sido execuções de cinco soldados ucranianos feridos num ponto de combate chamado Zenit, em Avdiivka.
Durante a retirada de Avdiivka, a norte da cidade de Donetsk, ocupada pela Rússia, no leste da Ucrânia, no sábado dia 17 de fevereiro, houve vários militares ucranianos gravemente feridos e mortos que não puderam ser retirados do “ponto Zenit”. Os bombardeamentos contínuos e o cerco completo da área, não o permitiram, informou a 110ª. Brigada do exército ucraniano na segunda-feira no Facebook.
Na mensagem, esta brigada informa que as forças ucranianas contactaram organizações que negoceiam com a Rússia a troca de prisioneiros para poderem prestar assistência aos soldados ucranianos feridos e desarmados.
“O inimigo informou os coordenadores deste processo que concordavam em retirar os nossos feridos, prestar-lhes assistência e trocá-los mais tarde. Os nossos soldados receberam ordens para salvar as suas vidas”, continua a brigada no Facebook. Mas, revela, as tropas russas “quebraram a sua promessa” e dispararam contra os soldados ucranianos, tendo matado cinco deles.
“Vimos o que aconteceu depois destes acordos no vídeo divulgado pelo inimigo a partir da posição capturada de Zenith’”, continua a brigada. “As famílias reconheceram Georgy Pavlov, Andrii Dubnytskyi e Ivan Zhytnyk entre os mortos. Oleksandr Zinchuk e Mykola Savosik, que foram abatidos por soldados russos, também estavam entre eles”. Havia um sexto soldado no grupo, mas a sua morte ainda não foi confirmada.
No Telegram, onde repetiu basicamente a mensagem da Brigada, o Provedor de Justiça diz que “esta não é a primeira vez que a Rússia viola grosseiramente as normas do direito humanitário internacional e as convenções de Genebra ao executar prisioneiros de guerra”.
No domingo o exército ucraniano divulgou um vídeo em que se viam dois soldados ucranianos a aparentemente renderem-se depois de se confrontarem com um soldado inimigo numa trincheira que acaba por os matar.
Por tudo isto, Dmytro Lubinets, apela “a todo o mundo civilizado para que se una e aumente a pressão sobre o país terrorista, porque não existem leis e acordos para a Rússia”. Para eles, remata, “só existe a força”.