Cerca de 100 enfermeiros estão concentrados frente às escadarias da Assembleia da Republica em vigília para chamar a atenção de todos os partidos para os principais problemas da classe, nomeadamente condições de trabalho e remunerações.

A vigília estava marcada para começar às 16h00, mas as condições climatéricas, sobretudo a chuva que se fazia sentir, foram adiando a chegada de enfermeiros, que, segundo o porta-voz do movimento “Enfermeiros sem Medo”, vieram de vários pontos do país.

O objetivo dos enfermeiros é que a vígilia se mantenha até à meia-noite.

Em declarações à agência Lusa, Rodrigo Cunha explicou que a organização da iniciativa deste sábado partiu de um grupo de quatro enfermeiros, que “em conversas sobre a classe profissional” e a incerteza sobre a profissão, decidiram criar um movimento inorgânico, “apelando a todos os colegas e sindicatos para se juntarem à causa por um melhor futuro para a enfermagem em Portugal”.

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Exatamente por serem um movimento que não está ligado nem a partidos ou sindicatos e por entenderem que o papel negocial está nas mãos das estruturas sindicais, apontou que os enfermeiros em vigília não trazem propriamente um caderno reivindicativo, apesar de ali estarem para lutar no que acreditam.

“Obviamente que há pontos que sempre tocamos e que vamos continuar a tocar enquanto não nos for atribuído, seja o desgaste rápido, seja a questão da remuneração, dos rácios hospitalares, seja na qualidade dos serviços”, frisou Rodrigo Cunha.

Acrescentou que o objetivo “é passar todas estas reivindicações para uma tutela sindical” e apelar ao Governo para olhar para os enfermeiros, tendo em conta todas as manifestações que já fizeram e o facto de entenderem que continuam “sem nenhuma ação governativa” para a classe.