A República da Irlanda foi às urnas esta sexta-feira para votar o referendo que pretendia atualizar o conceito de família e as referências às mulheres presentes na Constituição, que incluíam os “deveres de uma mãe em casa”, mas os irlandeses rejeitaram as duas alterações.

De acordo com a agência Reuters, a proposta que queria alterar o conceito de família, incluindo, por exemplo, relacionamentos duradouros que não o casamento, foi rejeitada por 67,7% e apenas 32,3% dos irlandeses queriam dar luz verde a estas alterações. Já a segunda proposta, segundo os resultados que foram conhecidos este sábado, foi rejeitada por 73,9% e só 26,1% queria alterar as referências às mulheres.

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A votação aconteceu esta sexta-feira, no Dia Internacional da Mulher, mas a escolha do dia pelo primeiro-ministro irlandês Leo Varadkar não motivou os irlandeses para o voto no sim às alterações da Constituição, que data de 1937. E a participação também não foi além dos 50%. Ainda antes do início das votações, o primeiro-ministro referiu que, caso as propostas não fossem aceites pelos irlandeses, isso seria um retrocesso e “passava a mensagem de que muitas pessoas não constituem uma família, de acordo com a Constituição”.

Com a rejeição das duas propostas, o casamento vai continuar a ser o requisito para que uma família seja reconhecida e a mulher deverá continuar a cumprir os seus “deveres em casa”, como é referido na Constituição.

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