O grupo Vodafone anunciou esta sexta-feira que chegou a acordo para vender o seu negócio em Itália à empresa Swisscom, por 8.700 milhões de dólares (8.000 milhões de euros), montante que será pago em dinheiro.

A operadora de telecomunicações afirmou também que vai recomprar 4.000 milhões de euros em ações, numa altura em que procura racionalizar as suas operações e aumentar o preço das suas ações.

A italiana Swisscom vai fundir a Vodafone Itália com sua subsidiária Fastweb SpA Itália, sendo que o negócio deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2025, disseram as empresas num comunicado conjunto, citado pela agência financeira Bloomberg.

Em comunicado, o governo suíço, que é o acionista maioritário da Swisscom, garantiu que apoia este negócio.

A presidente executiva da Vodafone, Margherita Della Valle, que assumiu o cargo em abril, tem vindo a enfrentar a queda no preço das ações da operadora e a pressão para vender ou fundir filiais que têm apresentado um fraco desempenho.

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Entre estas filiais está o negócio em Itália, o qual tem enfrentado uma forte concorrência e preços aos clientes que não são competitivos face aqueles que são praticados por outros operadores em outros mercados.

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Della Valle concordou também em vender a Vodafone Espanha e está a planear fundir a atividade da empresa no Reino Unido com a CK Hutchison Holdings.

No comunicado, Della Valle considera que a venda à italiana Swisscom é o “passo final na restruturação das operações [da empresa] na Europa“.

“As nossas empresas passarão a operar em mercados de telecomunicações em crescimento — onde detemos posições fortes — permitindo-nos apresentar um crescimento previsível e mais forte na Europa”, salientou a gestora.