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O exército israelita reportou esta segunda-feira a morte de 250 soldados na operação militar terrestre lançada na Faixa de Gaza em represália do ataque do Hamas ao sul de Israel, a 7 de outubro

O número foi atualizado depois de o exército ter anunciado a morte, esta segunda-feira, de um soldado no norte do território palestiniano.

O soldado, Matan Vinogradov, foi morto durante a operação lançada pelo exército na madrugada desta segunda-feira contra o hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) uma fonte dos serviços de segurança israelitas.

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O ataque foi precedido por avisos do Exército israelita, que pediu à população civil para se retirar da zona em redor do hospital, defendendo que a operação baseia-se em informações que indicam a utilização do hospital por terroristas de alta patente do Hamas.

“Para vossa própria segurança, devem retirar-se imediatamente para oeste e depois seguir a estrada ao longo da costa para sul, para a zona humanitária de al-Mawasi”, no sul da Faixa de Gaza, escreveu o porta-voz do Exército em árabe.

Testemunhas disseram à AFP que tinham sido lançados panfletos com a mesma mensagem na zona.

O Exército israelita afirmou controlar já o hospital al-Shifa, o mais importante da Faixa de Gaza, que as tropas invadiram durante a madrugada, deixando, segundo a agência noticiosa espanhola EFE, um número desconhecido de mortos e detido pelo menos 80 pessoas “suspeitas de estarem envolvidas em atividades terroristas”.

A troca de tiros começou pouco antes do amanhecer com o Exército israelita a anunciar que estava a levar a cabo uma operação no hospital de al-Shifa, com testemunhas no terreno a confirmar à AFP que ocorreram bombardeamentos, tiros e combates.

Os soldados estão “atualmente a levar a cabo uma operação na área do hospital”, refere o comunicado divulgado através das redes sociais.

Israel invadiu a Faixa de Gaza na sequência de um ataque em território israelita, perpetrado pelo movimento islamita Hamas, em 7 de outubro de 2023.

A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e aproximadamente 240 reféns, segundo as autoridades de Israel.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza que matou mais de 31.500 pessoas até esta segunda-feira, segundo as autoridades do enclave governado pelo Hamas desde 2007, secundadas por várias organizações não-governamentais e também por várias agências das Nações Unidas.

A invasão de Gaza é o mais recente episódio de um conflito com mais de sete décadas entre Israel e a Palestina, que ainda não é reconhecida como um Estado pela totalidade da comunidade internacional.