Tanto a CGTP como a UGT mostram-se apreensivas com o nome escolhido por Luís Montenegro para tutelar a área do Trabalho e da Segurança Social, Rosário Palma Ramalho. A CGTP mostra “preocupação” com a escolha, enquanto a UGT pede que a nova governante esclareça ao “que vem” e diga “rapidamente” com o que as centrais podem “contar”, segundo declarações à SIC Notícias.

Mário Mourão, secretário-geral da UGT, diz esperar que “como ministra não vá tão longe como académica”, tendo em conta declarações públicas de Palma Ramalho no passado, aludindo a uma entrevista em 2018, em que a futura governante defendeu, por exemplo, que “quando nós temos um regime de despedimentos rígido deveríamos ter um regime de contratação a termo flexível”.

Mário Mourão pede que a ministra “rapidamente venha ao terreno” e esclareça “ao que vem”. Mas dá o “benefício da dúvida” ao novo Executivo: “A UGT estará disponível como sempre esteve para diálogo, para negociação e reforço da concertação social. É nesse espírito que vamos sentar com o novo Governo. Vamos dar o benefício da dúvida”, afirmou.

Alguns chegam da Academia, outros têm perfil mais político. Quem são os ministros que Montenegro escolheu?

Já Tiago Oliveira, o novo secretário-geral da CGTP, diz que “preocupa” o perfil da nova ministra, que tem formação em direito do trabalho, mas não tem “experiência política”. E mostra “preocupação” com as declarações antigas de Rosário Palma Ramalho. “Entendemos que há motivos para preocupação tendo em conta as posições que a ministra tem tido relativamente à revisão da lei laboral”, afirmou.

“Do ponto de vista de um governo como o do PSD/CDS, que em todo o seu percurso histórico, a nível de políticas de valorização do trabalho e políticas sociais, demonstrou de que lado está é óbvio que não temos minimamente confiança nem perspetivas para o futuro”, sublinhou.

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