A Comissão Episcopal do Laicado e Família alertou para “as manifestações de ódio e aumento de registos de violência e agressividade em Portugal, entre pessoas da mesma família”, considerando que “contradizem o ambiente de fraternidade e edificação da paz”.
Para este organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), é fundamental não desistir, “em família e em todos os espaços”, de pautar a existência “em atitude de fraternidade“.
Numa mensagem para o Dia dos Irmãos, que se assinala em 31 de maio, a comissão liderada pelo bispo de Bragança-Miranda, Nuno Almeida, sublinha que “a dimensão fraternal da vida humana é profética. Isto é, a sociedade mundial é chamada a ser uma família de irmãos e irmãs que se interessam uns pelos outros”.
“As guerras e conflitos existentes em vários países denunciam que há muito caminho a percorrer para chegar à fraternidade mundial reconhecida por todos”, apesar de a “dimensão fraterna estar inscrita na natureza humana”, defende a Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF).
Neste contexto é destacada “a importância de uma família com bom ambiente humano, onde uma criança possa crescer com boas referências de apoio”, na certeza de que “a boa educação e apoio continuado na infância, adolescência e juventude é decisivo para a edificação de uma personalidade harmoniosa e rica de valores humanos”.
A comissão considera ainda necessário “reconhecer que aquilo que distingue o valor dos irmãos não é o sangue, mas o espírito e o amor fraternal existente”.
“Neste sentido, encontramos situações de fraternidade entre pessoas que se estimam como irmãos apesar de não terem a mesma origem familiar”, reconhece a CELF na mensagem agora divulgada.