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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, pediu esta quarta-feira aos aliados para manterem o apoio anual à Ucrânia de 40 mil milhões de euros, o valor fornecido a Kiev anualmente desde o início da invasão russa.

“Desde que a Rússia lançou a invasão em grande escala em 2022, os nossos aliados forneceram 40 mil milhões de euros em apoio militar à Ucrânia todos os anos. Devemos manter este nível de apoio, no mínimo, e durante o tempo que for necessário”, disse Stoltenberg numa conferência de imprensa realizada na véspera de uma reunião dos ministros da Defesa da NATO, que se realiza na quinta e na sexta-feira em Bruxelas.

Nesta reunião, que será precedida de uma nova reunião do grupo de países que apoiam a Ucrânia – presidida pelos Estados Unidos – os ministros aliados esperam preparar decisões que receberão luz verde dos líderes dos 32 Estados-membros da NATO na sua cimeira de julho em Washington.

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“Espero que os ministros aprovem um plano para a NATO liderar a coordenação da ajuda à segurança e formação para a Ucrânia”, disse o líder da Aliança Atlântica, acrescentando que se trata de “um elemento-chave” do pacote que os aliados vão acordar em Washington.

“Quanto mais esta guerra durar, mais importante será que tenhamos mais previsibilidade, mais responsabilização e também uma partilha de encargos mais justa”, sublinhou Stoltenberg, que lembrou que, noutras alturas, os aliados fizeram anúncios de promessas que não foram cumpridas.

O secretário-geral da NATO deu o exemplo de que foram necessários seis meses para os Estados Unidos aprovarem o mais recente pacote de ajuda militar à Ucrânia.

Stoltenberg abordou esta quarta-feira estas iniciativas de apoio à Ucrânia em Budapeste, ao lado do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que garantiu que não participará nelas, mas que também não as bloqueará.

“Estou feliz que o primeiro-ministro Orbán e eu tenhamos concordado hoje sobre as modalidades de como a Hungria não participará nos esforços para apoiar a Ucrânia, incluindo o facto de a Hungria não enviar operacionais para estas atividades”, referiu Stoltenberg.

Orbán também assegurou que não bloqueará qualquer decisão sobre o compromisso financeiro de outros aliados com Kiev.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.